Aline filmava a entrada da sala e o teto, quando o barulho chamou a atenção e a fez interromper a gravação. As imagens foram obtidas com exclusividade pelo g1 (assista acima).
“Eu estava bem próxima da janela no momento, quando começou um barulho de batidas bem alto. Nesse momento a funcionária da sala já alertou todos a saírem correndo. O museu tinha acabado de abrir, então não tinha quase ninguém nesse salão ainda", relatou ao g1.
Aline está em Paris desde o início de outubro para realizar parte do seu doutorado em biotecnologia vegetal e deve permanecer na França até o fim de janeiro. Era a sua primeira visita ao museu e havia comprado o ingresso para o primeiro de entrada, às 9h.
"Só tive tempo de ver a Mona Lisa e depois passei nesse salão que chamou atenção por ser muito bonito. Ele nem estava no meu roteiro a princípio. Era por volta de 9h20", disse.
Segundo ela, o vidro da janela parecia ter uma proteção, o que impediu que visse os assaltantes. “O vidro da janela era protegido com alguma cobertura, não dava pra ver nenhum vulto nem nada. Saímos por conta do barulho mesmo.”
Galeria Apolo, do Musei do Louvre, momentos antes do roubo neste domingo (19) — Foto: Arquivo Pessoal/Aline Lemos
Após o alerta, os visitantes foram retirados do salão. “Nós evacuamos os salões e ficamos na entrada principal aguardando liberarem a saída. Depois de uns 20 minutos deixaram todo mundo retornar para dentro do museu.”
Aline chegou a voltar para o interior do Louvre, mas logo houve nova evacuação. “Foi muito chato isso, liberarem a entrada e depois ter que sair novamente sem entender nada. Aí, sim, decidiram evacuar todo o museu definitivamente. E em seguida a parte de fora também, nas pirâmides.”
Apesar do susto, a pesquisadora diz que pretende retornar ao museu. “Vou tentar voltar lá com certeza, porque não tive tempo de ver praticamente nada.”
Aline Lemos no Museu do Louvre momentos antes do roubo neste domingo (19) — Foto: Arquivo Pessoal/Aline Lemos

Brasileiro mostra evacuação no Museu do Louvre, em Paris, após assalto de joias
Estávamos no nível 1 do museu indo em direção à sala da Mona Lisa, quando, de repente, percebi uma correria no sentido contrário. Já chamei a atenção da Karen para ela esperar um pouquinho, para ver o que estava acontecendo. E aí, realmente, acabou virando quase que uma manada de pessoas correndo, seguindo para a escada rolante para descer para o piso inferior.
— Danilo Gomes, turista brasileiro
Momento em que visitantes do Museu do Louvre foram informados de que precisavam evacuar o local — Foto: Danilo Carvalho Gomes/Arquivo Pessoal
Os brasileiros disseram que, naquele momento, os seguranças informaram que não seria possível acessar a área da Mona Lisa.
“A gente desceu e começou a gerar uma aglomeração, mas os outros acessos estavam livres. Subimos um piso no lado oposto e fomos visitar a arqueologia da Mesopotâmia. Quando a gente estava passeando, novamente os seguranças vieram e pediram para a gente evacuar. Mas eles estavam aparentemente bem tranquilos, com sorriso no rosto. Naquele momento estava mais calmo”, afirmou Danilo.
Danilo fez um vídeo deste momento para enviar aos parentes, ressaltando que estava uma situação assustadora (veja acima).
“A gente voltou para o saguão principal e já estava superaglomorado. Uma supercorreria de pessoas para lá e para cá. Algumas pessoas estavam até mais desesperadas, e a gente viu um policiamento entrando, passando, e não estávamos entendendo nada, obviamente", disse.
Ele contou, então, que foram até o balcão de informações perguntar o que estava acontecendo. A resposta foi: ‘Não podemos dizer, só que o museu será evacuado’. Eu perguntei: ‘A gente está seguro aqui?’. Aí a pessoa que me atendeu falou: ‘Sim, vocês estão seguros, mas o museu vai fechar e vocês vão ser evacuados’”, relatou.
Segundo ele, as entradas estavam todas fechadas e eles tiveram que esperar no saguão a liberação.
"Teve uma hora que eles realmente abriram as portas e a gente pôde sair. Quando a gente estava indo para fora do museu é que vimos muitas polícias com metralhadoras e bem armados”, complementou Karen.
O casal deixou o museu e só descobriu que se tratava de um roubo quando viu as notícias nas redes sociais. “Eu vi nas redes falando que tinha sido um roubo. A gente começou a ver as notícias no Instagram e entendeu realmente que tinha sido um roubo”, afirmou Karen.
O casal de brasileiros Karen Ligeiro Schlickmann e Danilo Carvalho Gomes, momentos antes do roubo de joias — Foto: Arquivo Pessoal
Os criminosos que invadiram o Louvre roubaram nove joias históricas da monarquia francesa.
Eles usaram uma plataforma para subir pela fachada do Louvre, arrombaram uma janela, quebraram vitrines e fugiram com as peças. A ação durou cerca de quatro minutos, segundo a ministra.

Coroa da imperatriz Eugenia, com 1.354 diamantes, foi encontrada perto do museu
A Galeria de Apolo exibe, por exemplo, o famoso diamante Regent, de 140 quilates. A peça não foi roubada. Segundo estimativa da casa de leilões Sotheby's, só esta pedra preciosa é avaliada em mais de US$ 60 milhões.
"Eles claramente fizeram um reconhecimento prévio. Parecem muito experientes", disse Nuñez.

Museu do Louvre é fechado após roubo de joias
A invasão ocorreu por volta das 9h30 (no horário local, 4h30 no horário de Brasília), cerca de 30 minutos após a abertura do museu para visitantes. A instituição ainda não comentou o crime, e o Ministério Público de Paris já determinou uma investigação sobre o caso.
O museu foi totalmente evacuado (veja no vídeo abaixo) e permanecerá fechado durante todo o domingo para perícia.

Vídeo de guia turístico mostra visitantes deixando o Louvre após o museu ser fechado
O que se sabe sobre o roubo
O Ministério do Interior informou que, pouco após a abertura do museu, invasores arrombaram uma janela. Investigações forenses estão em andamento.
Ainda não se sabe se houve ajuda interna, disseram autoridades francesas. Segundo a imprensa, foram quatro autores: dois vestidos como operários em coletes amarelos na plataforma e dois em scooters, um tipo de moto pequena, usadas na fuga.
A quadrilha conseguiu acessar o prédio por um canteiro de obras pela fachada voltada para o Rio Sena. Eles usaram uma espécie de guindaste, instalado em um caminhão, para chegar ao museu. E, então, pegaram um elevador de carga para chegar à galeria.
Os criminosos estavam armados e portavam pequenas motosserras. Depois, eles fugiram em scooters.
Investigadores estão revisando imagens de CFTV da ala Denon e da área do rio, inspecionando a plataforma usada para acessar a galeria e entrevistando funcionários que estavam no local.
De acordo com a ministra da Cultura francesa, ninguém ficou ferido na ação criminosa.
Infográfico: onde foi o roubo de joias no Museu do Louvre, em Paris — Foto: Arte/g1
Entrada principal do Museu do Louvre, em Paris — Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters

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