As exportações do Rio Grande do Sul totalizaram US$ 9,3 bilhões no primeiro semestre de 2025, o que representa um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado principalmente pelos embarques de carne suína, cereais e máquinas de energia elétrica. O resultado contrasta com a queda de 2,5% registrada nas vendas externas do Brasil no mesmo intervalo. As informaçõe são da assessoria de comunicação do Piratini.
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As exportações do Rio Grande do Sul totalizaram US$ 9,3 bilhões no primeiro semestre de 2025, o que representa um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado principalmente pelos embarques de carne suína, cereais e máquinas de energia elétrica. O resultado contrasta com a queda de 2,5% registrada nas vendas externas do Brasil no mesmo intervalo. As informaçõe são da assessoria de comunicação do Piratini.
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Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG). O estudo, realizado pelos pesquisadores Ricardo Leães e Flávia Barbosa, mostra ainda que o Rio Grande do Sul ampliou sua participação relativa nas exportações nacionais – passando de 5,6% para 5,8%, na comparação com 2024.
O crescimento semestral foi impulsionado pelo desempenho do primeiro trimestre de 2025, que registrou alta de 12% na comparação com o mesmo período de 2024, compensando a queda de 6,2% no segundo trimestre. Já o valor exportado no acumulado do semestre é o quarto maior da série histórica para primeiros semestres desde 1997.
Desempenho dos setores exportadores e principais destinos
A retração nas vendas externas de soja em grão (-29,3%) foi compensada pelo crescimento de outros setores. Apresentaram aumento significativo as exportações de carne suína (35%), cereais (11,6%) e máquinas de energia elétrica (173,7%).
Outros segmentos que merecem destaque são a carne bovina (mais US$ 50,9 milhões; 41,1%); veículos automóveis de passageiros (mais US$ 49,7 milhões; 67%); e partes e acessórios dos veículos automotivos (mais US$ 42,9 milhões; 17,4%).
Em termos de destino, os principais foram China (15,8%), União Europeia (12,8%) e Estados Unidos (10,2%). Em termos absolutos, a Argentina foi o principal mercado em expansão, com mais US$ 246,6 milhões em compras de produtos gaúchos, seguida por Indonésia (mais US$ 235,1 milhões) e Arábia Saudita (mais US$ 99,8 milhões).
Riscos e incertezas no cenário externo
A nota técnica aponta fatores conjunturais que podem influenciar as exportações do RS nos próximos meses. Entre eles estão o foco de gripe aviária em Montenegro, a valorização do real em comparação ao dólar e os desdobramentos da guerra entre Irã e Israel.
Esse último fator é relevante porque diversas mercadorias da pauta exportadora do Estado são sensíveis às variações no preço internacional do petróleo, como soja e derivados, carnes – especialmente de frango e suína –, produtos químicos, plásticos e calçados.
Além disso, o estudo destaca a possibilidade de aplicação de tarifas de até 50% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros — mercado de destino relevante para setores como produtos florestais, fumo, máquinas e aparelhos elétricos do RS.
Nesse contexto, alguns segmentos exigem maior atenção: armas e munições, com 82,8% das exportações destinadas aos EUA; carne bovina (29,6%); calçados (24,8%); fumo e derivados (10,2%); e produtos florestais (20,8%).
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