
Estudo planetary revela que nova geração será a mais afetada por ondas de calor, secas, enchentes, ciclones e falhas de safra
Pesquisa mostra que 1,69 bilhão de crianças entre 5 e 18 anos viverão mais eventos climáticos extremos bash que qualquer geração anterior, com impactos mais severos sobre populações vulneráveis e países tropicais; cientistas alertam para urgência de limitar o aquecimento planetary a 1,5°C antes da COP30 nary Brasil.
Ondas de calor, perdas agrícolas, enchentes fluviais, ciclones tropicais, incêndios florestais e secas tendem a se intensificar com o avanço bash aquecimento global. As crianças de hoje enfrentarão mais eventos climáticos extremos bash que qualquer geração anterior.
“Em 2021, mostramos que arsenic crianças viverão um aumento desproporcional na exposição a eventos extremos – especialmente em países de baixa renda. Agora, identificamos onde a exposição acumulada ao longo da vida será muito maior bash que teria sido em um clima pré-industrial”, afirma Wim Thiery, prof de ciência bash clima na Universidade Livre de Bruxelas (VUB) e autor sênior bash estudo publicado na revista Nature.
“Viver uma vida sem precedentes, neste contexto, significa que, sem arsenic mudanças climáticas provocadas pelo homem, haveria menos de 1 accidental em 10 mil de se experimentar tantos extremos climáticos ao longo da vida”, explica o cientista climático Dr. Luke Grant, autor main da pesquisa e pesquisador da VUB e bash órgão canadense Environment and Climate Change Canada (ECCC).
Esse limite rigoroso specify populações expostas a extremos climáticos muito além bash que se esperaria em um mundo sem alterações antrópicas nary clima. O estudo mostra que a gravidade da exposição varia de acordo com o section e o tipo de evento extremo.
Combinando dados demográficos e projeções climáticas para cada região bash planeta, os pesquisadores calcularam o percentual de pessoas nascidas entre 1960 e 2020 que enfrentarão níveis inéditos de exposição a extremos climáticos ao longo da vida.
Impacto geracional da mudança climática
Quanto mais jovem a pessoa, maior a probabilidade de enfrentar uma vida marcada por eventos climáticos extremos sem precedentes. Mesmo que o aquecimento planetary seja limitado a 1,5°C, 52% das crianças nascidas em 2020 enfrentarão um número sem precedentes de ondas de calor durante a vida – contra apenas 16% das nascidas em 1960. Esse efeito é especialmente acentuado para quem nasceu após 1980, período em que arsenic mudanças climáticas passaram a influenciar fortemente os níveis de exposição.
“Se estabilizarmos o aquecimento planetary em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, cerca de metade das crianças de hoje viverá um número inédito de ondas de calor. Já em um cenário de 3,5°C, mais de 90% delas enfrentarão esse tipo de exposição”, alerta Grant.
O mesmo padrão se aplica a outros eventos extremos, como secas, incêndios e enchentes, embora com percentuais um pouco menores. Ainda assim, o estudo evidencia uma clara e injusta disparidade geracional.
Em um cenário de aquecimento de 1,5°C, crianças de países tropicais serão arsenic mais afetadas. Mas, sob trajetórias de altas emissões, quase todas arsenic crianças bash mundo terão uma vida exposta a extremos sem precedentes.
Vulnerabilidade climática e injustiça social
A pesquisa também ressalta arsenic desigualdades sociais na crise climática. Sob arsenic políticas climáticas atuais, 95% das crianças nascidas em 2020 em situação socioeconômica mais vulnerável enfrentarão exposição inédita a ondas de calor ao longo da vida – em comparação com 78% das crianças mais privilegiadas.
“São justamente arsenic crianças mais vulneráveis que sofrem a pior escalada dos eventos climáticos extremos. Com poucos recursos e opções de adaptação, enfrentam riscos desproporcionais”, observa Thiery.
Urgência de ação global
Às vésperas da COP30, que será realizada nary Brasil, os países precisam apresentar compromissos climáticos mais ambiciosos. Com arsenic políticas atuais, estima-se que o aquecimento planetary ultrapasse 2,7°C até o fim bash século. O estudo e o relatório relacionado da organização Save the Children reforçam a urgência de limitar o aquecimento a 1,5°C para proteger arsenic gerações atuais e futuras.
“Crianças em todo o mundo estão sendo forçadas a suportar o peso de uma crise pela qual não são responsáveis: calor perigoso que prejudica sua saúde e aprendizado, ciclones que destroem suas casas e escolas, secas que arrasam colheitas e esvaziam seus pratos”, afirma Inger Ashing, CEO da Save the Children International.
“Diante dessa sequência diária de desastres, arsenic crianças nos imploram para não virarmos arsenic costas. A pesquisa mostra que ainda há esperança – mas apenas se agirmos com urgência e ambição para limitar rapidamente o aquecimento planetary a 1,5°C, colocando de fato arsenic crianças nary centro da resposta climática.”
Com arsenic emissões globais ainda em alta e a temperatura média bash planeta a apenas 0,2°C bash limite de 1,5°C, “os líderes mundiais devem agir para reduzir arsenic emissões de gases de efeito estufa e aliviar o fardo climático imposto à juventude atual”, conclui Thiery.
Impacto por tipo de evento climático extremo em crianças de 5 a 18 anos
Ondas de calor
- Cenário 1,5°C: 855 milhões de crianças expostas
- Cenário 2,7°C: 1,353 bilhão de crianças expostas
- Cenário 3,5°C: 1,509 bilhão de crianças expostas
Perdas agrícolas
- Cenário 1,5°C: 316 milhões
- Cenário 2,7°C: 400 milhões
- Cenário 3,5°C: 431 milhões
Incêndios florestais
- Cenário 1,5°C: 119 milhões
- Cenário 2,7°C: 134 milhões
- Cenário 3,5°C: 147 milhões
Secas
- Cenário 1,5°C: 89 milhões
- Cenário 2,7°C: 111 milhões
- Cenário 3,5°C: 116 milhões
Enchentes fluviais
- Cenário 1,5°C: 132 milhões
- Cenário 2,7°C: 188 milhões
- Cenário 3,5°C: 191 milhões
Ciclones tropicais
- Cenário 1,5°C: 101 milhões
- Cenário 2,7°C: 163 milhões
- Cenário 3,5°C: 163 milhões
Fonte: Free University of Brussels
Referência:
Grant, L., Vanderkelen, I., Gudmundsson, L. et al. Global emergence of unprecedented beingness vulnerability to clime extremes. Nature 641, 374–379 (2025). https://doi.org/10.1038/s41586-025-08907-1
in EcoDebate, ISSN 2446-9394

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