Ofri Bibas, cujo irmão Yarden, a cunhada Shiri e os sobrinhos Ariel e Kfir foram sequestrados pelo grupo terrorista palestino, fez críticas à postura do governo e afirmou:
Ofri também disse que ainda está esperando para saber o "destino" de Shiri após exames mostrarem que o corpo entregue como o dela não era da cunhada, e que a família "não está buscando vingança agora".
Vídeo mostra momento em que família Bibas, de Israel, é levada pelo Hamas
Hamas admitiu erro na entrega de corpo
Shirin Bibas, sequestrada em 7 de outubro de 2023 quando tinha 32 anos, morreu em cativeiro, e seu restos mortais foram devolvidos pelo Hamas na quinta-feira (20), junto dos corpos de seus dois filhos, também sequestrados com ela, e de um refém idoso. A família se tornou o símbolo da luta pelo retorno dos reféns (Leia mais abaixo).
Mas, após autópsia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os restos identificados como os de Shiri Bibas não são dela, mas de uma moradora de Gaza não identificada.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas de ter cometido uma "violação cruel" da trégua em Gaza pela troca dos corpos, e disse que Israel atuará "com determinação" para trazer Shiri Bibas de volta ao país. Ainda na quinta-feira, Israel pediu a devolução do corpo dela imediatamente e considerou o caso uma "violação de extrema gravidade".
Comboio com corpos passa por Tel Aviv — Foto: REUTERS/Nir Elias
Em resposta, o Hamas rechaçou as ameaças de Netanyahu e disse que continuará com a implementação do acordo de cessar-fogo. Também nesta sexta-feira, o grupo terrorista divulgou os nomes dos seis reféns que serão libertados no sábado (22).
A Cruz Vermelha também afirmou nesta sexta-feira à agência de notícias Reuters estar "preocupada e insatisfeita" com a forma como as operações de liberação de reféns pelo Hamas têm ocorrido.
O grupo terrorista Hamas disse que um ataque aéreo israelense havia matado Shiri e os meninos em 2023, cerca de um mês após o sequestro. Israel não confirmou a acusação, que chamou de propaganda cruel.
Símbolo dos israelenses sequestrados
Horas depois de o Hamas invadir Israel em 7 de outubro de 2023, no ataque que deu início à guerra, a família Bibas virou o grande símbolo dos israelenses sequestrados pelo grupo terrorista.
Naquele mesmo dia, imagens de uma moradora de um dos kibutz atacados no sul de Israel, o Nir Oz, aterrorizada, cercada por homens armados e segurando seus dois filhos pequenos viralizaram nas redes sociais (veja vídeo acima).
Era Shiri Bibas, levada naquele dia por terroristas do Hamas junto de seu filho Ariel, de 4 anos, e Kfir, um bebê de apenas nove meses, o mais novo entre os 251 sequestrados pelo Hamas no ataque.
Por 20 meses, a família Bibas se tornou um símbolo da luta de parentes dos reféns, que também direcionou seus protestos ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. As imagens de Shiri e das crianças sorridentes eram usadas como uma espécie de bandeira de esperança e de cobrança a Netanyahu pela devolução dos reféns.
Ele foi sequestrado antes da mulher e dos filhos, porque, no momento do ataque, deixou o esconderijo onde estavam para distrair os terroristas. Mas um segundo grupo de membros do Hamas encontrou o esconderijo e levou os três.
Yarden nunca encontrou, durante o cativeiro, com a esposa e os filhos, segundo a imprensa israelense.
Já os pais de Shiri Bibas morreram durante o ataque do grupo terrorista ao kibutz, onde também viviam. O kibutz da família Bibas foi um dos mais destruídos no ataque de 7 de outubro do Hamas. Na ocasião, um em cada quatro moradores do local foi morto ou sequestrado naquele dia.
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