O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse em entrevista à emissora russa "Russia 1" que Moscou não pretende violar seus compromissos relativos à proibição de testes nucleares, porém "se virá obrigada" a realizar testes nucleares caso os EUA o façam primeiro, em um movimento espelhado.

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Nesta semana, o governo russo buscou mais explicações do governo americano sobre o que Trump quis dizer com a fala. Peskov também já havia dito que o governo russo não descartou realizar testes com armas nucleares e está pensando em seus próximos movimentos para contrapor a atitude dos EUA.
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. — Foto: ROBERTO SCHMIDT / AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no domingo (2) que países como Rússia e China realizaram testes nucleares subterrâneos secretos e que, por isso, ele pode fazer o mesmo. Trump, no entanto, não forneceu provas para embasar a acusação.
O governo chinês desmentiu nesta segunda-feira a afirmação de Trump. O governo russo não se manifestou sobre a fala do presidente americano até a última atualização desta reportagem.
Questionado pela "CBS" se planeja que os EUA detonem uma arma nuclear pela primeira vez em mais de três décadas, Trump respondeu: "Estou dizendo que vamos testar armas nucleares como outros países fazem, sim". "Não quero ser o único país que não realiza testes [nucleares]", acrescentou Trump, acrescentando Coreia do Norte e Paquistão à lista de nações que supostamente testam seus arsenais.
Os EUA e a Rússia são as duas maiores potências nucleares do mundo e têm mais de cinco mil ogivas nucleares cada, segundo dados divulgados pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês) em janeiro deste ano. A China está expandindo rapidamente seu arsenal e nos últimos cinco anos dobrou seu arsenal nuclear, de 300 ogivas para 600, segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), um think tank americano especializado em guerra.
Nenhum país além da Coreia do Norte executou uma detonação nuclear nas últimas décadas. Rússia e China não realizam testes do tipo desde 1990 e 1996, respectivamente. Segundo a Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO, na sigla em inglês), seis testes nucleares foram conduzidos no mundo no século XXI. O secretário-executivo da organização, Robert Floyd, afirmou que qualquer teste do tipo seria capaz de desestabilizar a segurança mundial.
O Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT), que proíbe os testes de armas nucleares, foi assinado por 186 países em 1996, incluindo todas as potências nucleares à época: EUA, Rússia, Reino Unido, França e China —a Coreia do Norte não é signatária. O tratado, no entanto, nunca entrou em vigor.

Trump ordena que Departamento de Defesa inicie testes com armas nucleares
Donald Trump anunciou a retomada dos testes nucleares na quinta-feira passada em suas redes sociais, minutos antes de entrar em uma reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul.
Poucos dias antes, a Rússia anunciou os testes de um novo míssil de cruzeiro com propulsão nuclear, o Burevestnik, e de um drone submarino com propulsão e capacidade nuclear.
O secretário de Energia de Trump, Chris Wright, minimizou no domingo a possibilidade de Washington detonar uma explosão nuclear.
"Acho que os testes de que estamos falando agora são testes de sistemas. Não são explosões nucleares", declarou Wright em uma entrevista ao canal Fox News.
"Estes são o que chamamos de 'explosões não críticas', então você está testando todas as outras partes de uma arma nuclear para garantir que entreguem a geometria apropriada e preparem a explosão nuclear", disse.
O governo dos Estados Unidos assinou em 1996 um tratado de proibição total de testes nucleares com fins militares ou civis.

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