A pressão de Donald Trump em mais uma empreitada contra Nicolás Maduro tem um pano de fundo importante e conhecido — a participação da oposição venezuelana, desta vez liderada por Maria Corina Machado.
Mas, para a vencedora do Prêmio Nobel da Paz deste ano, não parece haver dúvidas sobre a saída de Maduro, conforme ela assegurou esta semana em participação, por vídeo, numa conferência empresarial em Miami, à qual também compareceu o presidente americano.
“Maduro começou esta guerra, e o presidente Trump vai terminá-la”, aposta.
Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024. — Foto: AFP/Jim Watson
No primeiro mandato, Trump vivenciou a experiência fracassada de avalizar o então líder opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, numa afronta a Maduro. Respaldado pela cúpula militar, o ditador se manteve no poder, que cultiva há 12 anos, desde a morte de Hugo Chávez.
De volta à Casa Branca, o presidente americano investe em uma nova campanha para intimidá-lo, posicionando uma poderosa frota militar no Caribe supostamente para o combate ao narcotráfico. Em parte, ele acalma a base eleitoral de seu movimento Maga e de latinos exilados por regimes ditatoriais da América Latina, que tem no secretário de Estado, Marco Rubio, um de seus entusiastas.
A maioria dos americanos, contudo, se oporia a uma invasão militar americana na Venezuela, revelou uma pesquisa recente realizada por YouGov: apenas 30% disseram apoiar ataques militares contra embarcações venezuelanas e alvos terrestres — índice sete pontos abaixo em relação à última sondagem, em setembro.
Em uma reunião esta semana a portas fechadas com parlamentares americanos, o secretário Rubio e o chefe do Pentágono, Pete Hegseth, asseguraram que os EUA não planejam lançar ataques dentro da Venezuela. Admitiram também não ter justificativa legal para isso, segundo revelaram participantes do encontro à emissora "CNN internacional".
Ainda assim, o Senado controlado pelos republicanos enviou uma mensagem de apoio ao presidente, rejeitando, na quinta-feira, uma resolução bipartidária que exigiria aprovação do Congresso para qualquer ação militar do presidente Trump contra a Venezuela. Horas depois da votação, Hegseth anunciou mais um ataque a um suposto barco de traficantes no Caribe.

Rússia promete defender soberania da Venezuela
No entender do analista político Benigno Alarcón, este é um ponto de virada para a Venezuela e a manutenção do status quo se tornou o caminho menos sustentável. Em artigo publicado no site do “El Nacional”, o especialista em gerência pública, conflito e negociação observa que a tensão central reside num paradoxo estratégico autodestrutivo: o regime chavista depende da pressão militar externa para gerar a coesão interna que lhe permite sobreviver.

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