
Crédito, FBI
- Author, Aleks Phillips
- Role, BBC News
Há 19 minutos
O FBI devolveu ao México um documento roubado de 500 anos, assinado pelo conquistador espanhol Hernán Cortés.
A página manuscrita foi escrita em 1527 e é uma das 15 páginas que se acredita terem sido furtadas dos arquivos nacionais do México entre 1985 e 1993, informou a agência de investigação dos EUA.
A página — que descreve pagamentos feitos para o fornecimento de suprimentos para expedições — foi encontrada nos Estados Unidos e repatriada na quarta-feira.
Cortés foi um explorador que provocou o fim do Império Asteca e ajudou a abrir caminho para a colonização espanhola das Américas. O manuscrito detalha planos para sua viagem pelo que viria a se tornar a Nova Espanha.
No auge, a colônia se estendia por grande parte do oeste e do centro da América do Norte e alcançava a América Latina.
O documento, antes desaparecido, foi escrito depois que Cortés foi nomeado governador da Nova Espanha pela Coroa espanhola.
Os arquivos nacionais do México incluíam o manuscrito em uma coleção de documentos assinados por Cortés — mas descobriram que 15 páginas estavam faltando quando a coleção foi microfilmada em 1993.
A página recuperada tinha um número escrito em cera, aplicado pelos arquivistas entre 1985 e 1986, o que sugere que ela foi roubada entre esses dois períodos de catalogação.
O governo mexicano solicitou a ajuda da equipe de crimes contra a arte do FBI em 2024, fornecendo notas sobre quais páginas haviam sido levadas e como algumas delas haviam sido rasgadas.
O FBI afirmou que pesquisas em fontes abertas revelaram que o documento estava localizado nos Estados Unidos.
A agência não revelou exatamente onde a página manuscrita foi encontrada nem quem a possuía quando foi apreendida.
Ninguém será processado pelo roubo, já que a página "mudou de mãos várias vezes" desde que foi levada, segundo a agente especial Jessica Dittmer, da equipe de crimes contra a arte do FBI.
O documento "dá muito contexto sobre o planejamento e a preparação para territórios inexplorados na época", disse ela, descrevendo "o pagamento de pesos de ouro comum para despesas na preparação para a descoberta das terras das especiarias".
As chamadas "terras das especiarias" eram regiões do leste e do sul da Ásia. Os europeus buscavam encontrar uma rota comercial mais rápida para essas áreas navegando para o oeste, mas, nesse processo, acabaram chegando às Américas.
Cortés seguiria explorando o noroeste do México e a península da Baixa Califórnia.
A repatriação do documento ocorre em um momento de tensão política entre México e Estados Unidos devido às tarifas impostas pelo governo Trump e à migração ilegal pela fronteira entre os dois países.
Mas o FBI afirma que, como um dos maiores consumidores de antiguidades, os EUA têm a responsabilidade de combater o tráfico de artefatos.
Segundo Dittmer: "Peças como esta são consideradas patrimônio cultural protegido e representam momentos valiosos da história do México, por isso estão nos arquivos mexicanos com o objetivo de compreender melhor a história."
O FBI afirmou estar determinado a localizar e repatriar as outras páginas que ainda estão desaparecidas da coleção.
Outro documento assinado por Cortés foi devolvido ao México pelo FBI em 2023.

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2 meses atrás
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