*de Novo Hamburgo
O setor calçadista do Rio Grande do Sul oficializou, nesta semana, o início do chamado Pacto Calçadista, que reúne lideranças do setor nos Vales do Sinos e Paranhana. O grupo, que já tem adesão de 84 empresários, vai desenvolver ações que estimulem e valorizem o segmento.
O anúncio foi feito durante a 47ª Fimec (Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes), que aconteceu de terça (12) a quinta-feira (14), nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo.
Durante o evento, o presidente do Pacto Calçadista e presidente do Conselho de Administração da Fenac, Marlos Schmidt falou da importância da iniciativa para a região. “Somos o quinto maior produtor de calçados do mundo, temos que resgatar nossa história e nossa autoestima”, explicou.
A ideia do Pacto é trabalhar em vários eixos com o objetivo de crescimento do setor através de estratégias e propósitos comuns. Os dirigentes têm como foco fortalecer a identidade, capacitar profissionais e lideranças, aumentar as exportações e a competitividade. “Esta feira dá a ideia do que somos. Os expositores de fora vieram com muita força. No primeiro dia, estavam aqui os principais produtores de calçado do Brasil”, comentou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas para Couro e Calçados (Abrameq), André da Rocha.
O presidente da associação citou a evolução dos negócios possibilitados pela feira, que reuniu mais de 200 expositores, dos quais 80 internacionais. “O que se trata aqui não é volume de compra, mas porcentagens de ganho”, disse.
Exemplo é a francesa Lectra, que todos os anos vem a Novo Hamburgo expor suas máquinas de corte usadas tanto para couro como vestuário. “Por aqui, sempre realizamos diversos tipos de negócios. Vários fecham durante a feira, enquanto outros se concretizam tempos depois”, explicou a diretora de Marketing da empresa, Patrícia Costa.
Presidente da Fenac, Márcio Jung vê a presença dos expositores estrangeiros como a comprovação de importância do evento. “Produzimos 900 milhões de pares de calçado ao ano. Somos o centro da produção na América Latina e o principal fabricante fora da Ásia. É natural que venham nos procurar”, observou Jung, ao ressaltar que a Fimec está entre as três maiores feiras do setor no mundo.
Durante coletiva no evento, os dirigentes também abordaram a questão dos cortes de incentivos fiscais anunciado pelo governo do Estado. O presidente da Abrameq avaliou como difícil o momento pelo qual passam os empresários gaúchos. O setor, que vinha se reacomodando após a pandemia e os períodos de queda e aumento de juros, vive uma fase de incertezas.
“Aumentou a renda, o emprego, a arrecadação nacional, mas aqui o governo usa nosso dinheiro para se financiar sem gastar nada. O primeiro impacto é a insegurança”, lamentou Rocha, lembrando que há dificuldade até para fazer um orçamento anual.
A 47ª. Edição da Fimec teve como tema Inovação, tecnologia e impacto positivo no mundo. Dos 400 expositores, 80 vieram de países como Argentina, França, China, Taiwan, Japão, Itália, Alemanha e Inglaterra. Segundo a organização, cerca de 20 mil pessoas passaram pelos pavilhões da Fenac nos três dias do evento. A Fimec também consolidou ao longo da mostra parcerias com o Senai de cidades como Caxias do Sul e Igrejinha, para a qualificação de jovens.

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