Dados da FecomercioSP mostram ainda que Florianópolis e Curitiba direcionam mais do que a média nacional do orçamento para dívidas
Redação
06/01/2025 14:21
| Atualizado
06/01/2025 14:35
Praticamente um terço (29,6%) dos rendimentos mensais das famílias que vivem nas capitais está comprometido com o pagamento de dívidas, aponta um grande estudo sobre o tema realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A taxa se mantém estável há dois anos: em 2022, era de 30,4%, e no ano passado, de 29,7% —, mostrando-se bastante desigual na comparação entre as cidades. Em Florianópolis e Curitiba, por exemplo, perto da metade (34% e 33%, respectivamente) da renda dos lares é direcionada para arcar com despesas do tipo, ambas acima da média nacional (gráfico 1).
Na avaliação da FecomercioSP, realidades como essas são perniciosas às economias locais e à própria saúde econômica do país, na medida em que, quanto mais endividadas, maior a restrição das famílias não somente para consumir, mas também para investir a médio e longo prazos — ou mesmo para reunir recursos para possíveis emergências. Esses efeitos negativos ainda se somam a particularidades locais que podem ser observadas mais de perto.
Tão importante quanto observar a parcela do orçamento entregue às dívidas é analisar o valor médio dessas despesas contraídas pelas famílias. Os resultados do estudo da Federação mostram que esse número está em queda há dois anos — de R$ 4.157, em 2022, para R$ 3.981, no ano passado. Agora, chegou a R$ 3.842, uma retração de 7,5% em dois anos. Contudo, ainda assim, o fenômeno se deu de forma desigual entre as capitais. Florianópolis tem o maior valor médio de dívidas entre as capitais (R$ 5.745, vide tabela 1). Com 34% do orçamento familiar comprometido, o município enfrenta uma situação complexa. Segundo a FecomercioSP, esse resultado sugere que os lares estão acessando crédito com custos mais altos, tanto para adquirir itens caros quanto para cobrir despesas do dia a dia, o que aumenta os riscos. O valor médio das dívidas na cidade supera o de São Paulo (R$ 5.021).
No total, de acordo com a pesquisa, hoje, as famílias das capitais brasileiras, juntas, devem quase R$ 50 bilhões em empréstimos, faturas de cartão de crédito, boletos do varejo ou financiamentos de carros e imóveis, entre outras modalidades. Em 2022, esse valor era de R$ 46,9 bilhões.

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