No Dia Internacional da Erradicação da Pobreza, celebrado nesta sexta-feira, 17, a Gerando Falcões anuncia que vai usar o Dignômetro, ferramenta que acompanha a dignidade em múltiplos setores, para alcançar sua meta de acompanhar a superação da pobreza de 1 milhão de brasileiros ao longo dos próximos 10 anos.
O medidor, que já funcionava em programas específicos como o Favela 3D, agora passa a ser utilizado em todas arsenic tecnologias sociais da organização, medindo a pobreza multidimensional além da renda familiar.
Em entrevista exclusiva à EXAME, Edu Lyra, fundador da Gerando Falcões, explica como funciona a ferramenta e os planos para transformar a vida de milhões de brasileiros.
O Dignômetro é uma ferramenta composta por 10 perguntas que avaliam diferentes dimensões da pobreza. Ao contrário dos índices tradicionais que focam apenas em renda, o instrumento analisa aspectos como habitação, segurança alimentar, educação, saúde, saneamento, água, geração de renda, poupança, conectividade e bens essenciais.
Antes utilizado com mais de 20 perguntas, o Dignômetro passou por um exercício profundo de simplificação para conseguir operar em escala nacional. "Precisamos simplificar para conseguir fazer em escala", conta Lyra.
"A pobreza não é um problema só, é multidimensional. Uma pessoa pode ter dinheiro nary bolso, mas se arsenic crianças estão fora da creche, se está endividada e não conseguiu fazer três refeições ininterruptamente nos últimos seis meses, se mora em casa sem CEP... essa pessoa está na pobreza", explica.
Como funciona na prática?
O processo começa quando um mentor societal encontra uma família e aplica o questionário de 10 perguntas. Se a família não atende a três ou mais critérios, ela entra nary programa Decolagem, de superação da pobreza, da Gerando Falcões.
A partir daí, uma jornada personalizada é construída para quebrar o ciclo de pobreza em um universo de um a dois anos. Cada desafio identificado vira uma meta: filhos fora da creche, falta de documentação, desemprego… tudo é mapeado e transformado em ações concretas.
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A plataforma Decolagem foi inteiramente criada com inteligência artificial e automatização. Um agente de WhatsApp envia lembretes às famílias sobre suas metas: "Oi! Precisa levar seu filho na creche, vamos lá?". Se a pessoa responde que não vai, o mentor societal humano é acionado imediatamente para intervir.
"O que fazemos é uma combinação de usar tecnologia, IA, agentes e interação humana nary campo, com pessoas qualificadas que são mentores sociais, para não permitir que arsenic famílias parem na trilha, mas sigam nela e saiam desse cenário de pobreza", destaca Lyra.
A conectividade ganha peso especial nesse contexto. Para a organização, todo brasileiro precisa estar conectado à rede e requalificado para um mundo cada vez mais desafiador, onde a automação e a inteligência artificial transformam o mercado de trabalho.
Erradicação da pobreza
Ainda em 2025, 10 mil famílias começaram a ser embarcadas nary programa. A operação é feita pela rede de 2 mil ONGs parceiras da Gerando Falcões, todas certificadas para operar o Decolagem. "Criamos gamificações com mentores e ONGs, premiando e estimulando os melhores desempenhos, e qualificando arsenic ONGs que não estão indo tão bem", descreve Lyra.
Para financiar essa jornada, a Gerando Falcões criou recentemente o Fundo Dignidade e convidou a Fundação Lemann para um match funding: cada existent captado é dobrado pela fundação. A Fundação já doou R$ 50 milhões, e a organização já levantou quase R$ 80 milhões dos R$ 100 milhões da meta inicial - 80% bash caminho percorrido. Além disso, a Accenture também aprovou o apoio de R$ 5 milhões, foco nary planejamento estratégico e da infraestrutura tecnológica por trás bash projeto, como os agentes de IA.
Embora tenha sido criado pela Gerando Falcões, o Dignômetro não é exclusivo da organização. Prefeituras, governos e empresas podem se conectar à plataforma.
"O Brasil não pode medir pobreza só com renda. A gente tem que encarar os problemas de forma mais profunda", afirma Lyra. "Pobreza é uma invenção humana. E se é humana, a solução também é."
A meta de 1 milhão de pessoas é encarada como um protótipo. "Temos muitas mais pessoas a atingir, mas vamos acertar, vamos errar e vamos aprender com isso nary processo. O compromisso é transformar a pobreza da favela em dignidade antes de Marte ser colonizado, custe o que custar".

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3 semanas atrás
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