De Caxias do Sul
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De Caxias do Sul
Presidente do Conselho Superior do MBC (Movimento Brasil Competitivo), o empresário Jorge Gerdau Johannpeter definiu como negativo o tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil e o atribuiu, em parte, ao erro de condução política do governo brasileiro em relação ao cenário internacional. Em encontro com empresários de Caxias do Sul, nesta segunda-feira (1), na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC), Gerdau registrou que, enquanto outros países buscaram a negociação, o Brasil optou pela contestação. "Tenho esperanças que se abram portas de negociação. E, para tanto, as grandes empresas exportadoras podem ajudar na busca de uma solução", assinalou.
Gerdau considerou importante uma definição clara sobre a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro para que a estrutura política se organize e se possa ter um governo com visão de desenvolvimento econômico. "Há muitos anos estamos sofrendo com grandes dificuldades, precisamos de um processo eleitoral que enxergue as necessidades de aprimorar os relacionamentos internacionais para que não percamos a competitividade", destacou.
Tomando por base os governadores das regiões Sul e Sudeste, os quais considerou como lideranças capacitadas, afirmou que as bases políticas começam a mostrar evolução na direção de preparar o Brasil para o complexo mercado mundial. "Quando comparado com outras nações, o desenvolvimento econômico local tem sido pequeno. O consumo per capita de aço, por exemplo, está estagnado há dezenas de anos no Brasil e a renda per capita segue baixa, assim como o crescimento econômico. A Índia, por exemplo, cresce sete por cento anualmente", frisou.
Gerdau fez a defesa de uma mudança no processo eleitoral, com a adoção do voto distrital. Ressaltou que, ao questionar um deputado sobre o percentual de parlamentares efetivamente comprometidos com o interesse público, recebeu a resposta de que variava entre 10% e 15%. "O Brasil tem um potencial de crescimento muito maior do que pensamos, mas precisamos ter lideranças vinculadas às suas comunidades. A maioria dos países desenvolvidos tem este processo. Entendo que a mudança no Brasil passa por uma nova forma de eleger representantes para o Parlamento. Sem correção política não vamos avançar", reforçou, ao mesmo tempo em que defendeu uma forte atuação coletiva do setor empresarial.
Gerdau ainda avaliou como preocupante a situação do analfabetismo digital no Brasil, que está próximo de 30%, conforme pesquisas recentes. Na avaliação do empresário, isto precisa ser resolvido porque a inteligência artificial trará profundas transformações à sociedade. "Enquanto a humanidade desenvolvida está entrando no mundo da inteligência artificial, nós lutamos contra o analfabeto funcional. A educação é elemento chave para o crescimento do Brasil", argumentou.
O empresário, que é membro do Grupo de Controle da Gerdau, também apresentou reflexões reunidas em livro que acaba de lançar. No último capítulo são enumeradas 23 palavras-chave que guiam sua vida e atuação, a começar por "respeito" e terminar por "amor", que ele considera fundamentais para qualquer atividade humana. O empresário acrescentou ainda o conceito de diálogo como valor essencial. "Seja na empresa, na educação, na saúde ou até no surf, o diálogo é a chave para o sucesso", afirmou. Ao final da palestra, provocou aplausos ao resumir seu espírito incansável: "Continuo trabalhando muito para não ter tempo de envelhecer". O jornalista Túlio Milman, que fez as transcrições das ideias de Jorge Gerdau para o livro, acompanhou o empresário no encontro.

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