1 ano atrás 49

Google criará seus emails, mas, se der ruim, foi você quem apertou 'enviar'

Você submete informações pessoais ao Gemini, dá uma orientação via prompt, mas não controla o funcionamento dos códigos desenvolvidos pelo Google. De fato, nem a Big Tech coloca a mão no fogo pelos resultados. Tanto é que os mais atentos leem o seguinte aviso no Gmail: "essa é uma ferramenta de escrita criativa que não tem o objetivo de ser factual".

Segundo o Google, a empresa faz esse tipo de alerta nas ações relacionadas a IA generativa por entender que é uma tecnologia em processo de evolução e que os usuários precisam saber que ela não vai fazer tudo certo.

Imagem
Imagem: Divulgação/Google

Além disso, a plataforma de IA do Google não explicita que teve aquele dedo robótico para elaborar o produto final. Para os iniciados, significa o seguinte: os textos não levam marca d'água nem indicação nos metadados de "made by IA". Outros sistemas, como a IA da Meta, geram conteúdo, mas sinalizam que foram feitos autonomamente.

Não que indicar a origem artificial do texto, imagem ou vídeo vá te safar de qualquer problema. Em um processo contra uma empresa aérea, um advogado norte-americano usou o ChatGPT, da OpenAI, para levantar casos como os dele e assim justificar a procedência de sua ação. Só que o chatbot inventou vários processos. Agora, ele tem que se virar para provar que não tentou enganar o tribunal de propósito.

No caso do "ajuda para escrever" do Gemini, a transparência seria muito bem-vinda. De todo modo, fica aqui o aviso: plataformas que geram conteúdo com IA são ferramentas para cocriação e devem ser utilizadas com supervisão humana. Ainda mais quando se tratam dos seus emails. Se você não checar o que saiu dali, já sabe: escreveu, não leu e deu ruim, é o seu nome que está no campo de remetente.

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro