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Governo Lula condena novos ataques de Israel em Gaza e 'deplora' declarações de Netanyahu

A nota também diz que o governo brasileiro deplora recentes declarações do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre assumir o controle da região.

Nos últimos dias, cresceu a pressão internacional sobre Israel diante das ações militares em Gaza e das declarações de Netanyahu.

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Governantes da França e do Reino Unido, assim como o Brasil, também decidiram endossar a pressão internacional.

"O governo brasileiro condena, nos mais fortes termos, o lançamento de nova ofensiva israelense na Faixa de Gaza, com intensificação dos bombardeios aéreos e expansão das operações terrestres, que provocaram, nos últimos dias, a morte de mais de 300 palestinos, incluindo mulheres e crianças, e forçaram deslocamento de mais de 60 mil pessoas", afirmou o Itamaraty.

No comunicado, o governo brasileiro afirma que a única saída "legítima e duradoura" para o conflito é a implementação definitiva do Estado Palestino (leia mais aqui).

"O Brasil recorda que qualquer pretensão de exercer autoridade permanente em território ocupado é incompatível com as normas de direito internacional", afirma o comunicado.

Ainda na nota divulgada nesta quarta-feira, o Itamaraty afirmou que o Brasil vê com "grave preocupação" a intenção do governo israelense de permitir "ingresso mínimo" de alimentos e remédios em Gaza, o que, para o governo brasileiro, pode configurar crime de guerra.

Nesta terça (20), a ONU afirmou ter recebido aval de Israel para que cerca de 100 caminhões de ajuda humanitária entrem na Faixa de Gaza.

Porém, nenhuma assistência havia sido distribuída aos palestinos até o início desta quarta-feira. Um dia antes, na segunda-feira, Israel anunciou que permitiria a entrada de cinco caminhões no território.

Segundo a ONU, porém, a população de cerca de 2,3 milhões de palestinos precisa de pelo menos 500 caminhões de suprimentos por dia, entre ajuda humanitária e bens comerciais.

"Acredito que é uma situação terrível o que está acontecendo. Há uma carnificina. É uma coisa terrível o que está acontecendo. Há um número elevadíssimo [de mortes de] crianças. É algo que a comunidade internacional não pode ver de braços cruzados", afirmou Mauro Vieira.

Mauro Vieira lembrou a posição histórica do Brasil em defesa da “solução de dois Estados”, isto é, com Israel e Palestina convivendo simultaneamente e pacificamente.

Criação do Estado da Palestina

Na próxima semana, haverá uma reunião em Madri (Espanha) com a participação de vários países para discutir a criação da Palestina e a convivência pacífica com Israel.

Na audiência no Senado, Mauro Vieira disse que Israel está invadindo a Palestina e, com isso, ferindo o direito internacional.

Nesse contexto, o Brasil foi convidado por França e Arábia Saudita, presidentes de uma conferência sobre a criação da Palestina, a comandar o grupo de trabalho dessa conferência que vai debater o respeito ao direito internacional na criação do Estado palestino.

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