O vídeo de 41 segundos produzido pela gestão do governo Trump mostra imigrantes prestes a serem deportados, sendo revistados e até algemados. Agentes de segurança também aparecem, separando algemas e controlando o fluxo dos prisioneiros.
Uma das últimas tomadas é de uma pessoa subindo as escadas para o embarque em uma aeronave com algemas nas pernas. Em nenhum momento é possível identificar os prisioneiros.
'ASMR' é uma categoria de vídeos de entretenimento. Seu nome vem da a sigla em inglês para Autonomous Sensory Meridian Response (resposta sensorial autônoma do meridiano, na tradução para o português). As produções incorporam estímulos supostamente relaxantes para o sistema nervoso, como ruídos tranquilizantes e imagens que mostram processos harmoniosos, por exemplo.
Casa Branca faz vídeo 'ASMR' com imigrantes algemados — Foto: Reprodução/Redes Sociais
As operações para prender imigrantes ilegais, realizadas em cidades de diversos estados dos EUA, fazem parte das políticas anti-imigração aplicadas por Donald Trump já no início de seu governo, em 20 de janeiro.
Prisões foram registradas em operações do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês) em Chicago, Nova York, Newark —cidade de Nova Jérsei conurbada com Nova York— e Los Angeles, conhecidas como "cidades-santuário".
Essas operações são lideradas pelo ICE em coordenação com outras agências federais em diversas cidades americanas, como o FBI, o Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF), a agência antinarcóticos (DEA), o escritório local da ICE e o Serviço de Delegados dos EUA.
O governo dos EUA tem revelado a identidade de alguns dos presos, chamados de "piores primeiros [imigrantes ilegais a serem presos]", e especificado os crimes pelos quais foram cada um foi condenado. É o caso do brasileiro Vitor de Sousa Lima, condenado por homicídio culposo e preso em Boston em janeiro.
Cerca de 11 milhões de imigrantes estão nos EUA em situação ilegal ou com status temporário, segundo estimativas do início de 2022 do governo dos EUA. Atualmente, o número pode estar na casa dos 14 milhões.
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