"Isso tende a ser a principal causa do bloqueio de fundos em certos países, porque o país tem dificuldade em acessar dólares e, quando consegue, não dá muita importância a garantir que a indústria aérea tenha acesso aos dólares", diz o executivo.
Essa questão vai além de remessa de lucros para as sedes das companhias. O pagamento do leasing, espécie de aluguel das aeronaves (também chamado de arrendamento mercantil), costuma ser feito em dólar em outros países.
Esse também se torna um gargalo da operação, já que esses mercados perdem atratividade, conectividade e voos, uma vez que os fundos não conseguem ser repatriados, afirma Walsh.
"isso não será positivo para os consumidores, porque tende a reduzir a capacidade que uma companhia aérea estrangeira está disposta a alocar no mercado, o que é exatamente o que está acontecendo na Venezuela. A maioria das companhias aéreas estrangeiras que atendem ao país está apenas oferecendo serviços que cubram os custos que incorram no mercado de moeda local, em vez de se exporem mais amplamente", conclui o diretor-geral da Iata.
* O colunista viajou a Genebra a convite da Iata
Reportagem
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