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Gripe aviária tem 'marco zero' nesta quinta e durará ao menos 28 dias

Foi concluída por volta das 19h30min desta quarta-feira (21) a desinfecção da granja do município de Montenegro onde foi detectado foco de gripe aviária. A informação foi compartilhada pelo governador Eduardo Leite em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), destacando a "rigorosa supervisão técnica" do Serviço Veterinário Oficial do RS. Com isso, o vazio sanitário de 28 dias definidos nos protocolos internacionais para assegurar a eliminação do vírus H5N1 da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade começa a partir de amanhã. Esse período corresponde a duas vezes o tempo de incubação do vírus.

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Foi concluída por volta das 19h30min desta quarta-feira (21) a desinfecção da granja do município de Montenegro onde foi detectado foco de gripe aviária. A informação foi compartilhada pelo governador Eduardo Leite em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), destacando a "rigorosa supervisão técnica" do Serviço Veterinário Oficial do RS. Com isso, o vazio sanitário de 28 dias definidos nos protocolos internacionais para assegurar a eliminação do vírus H5N1 da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade começa a partir de amanhã. Esse período corresponde a duas vezes o tempo de incubação do vírus.

O chamado "marco zero" já era projetado desde ontem pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que se reuniu com Leite em Brasília para tratar da emergência no município onde 17 mil galinhas poedeiras de ovos com aptidão para produção de carne morreram ou foram sacrificadas por conta da doença. Ainda nesta quarta, a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Rosane Collares, explicou que o processo de desinfecção no local era muito minucioso, porque a granja tem estrutura automatizada, o que dificulta e exige cuidados especiais.

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Desde a semana passada, técnicos do Ministério e da Secretaria da Agricultura do Estado estão envolvidos em uma força-tarefa para o enfrentamento à crise sanitária que travou as exportações de produtos avícolas. Até agora, 20 países e blocos suspenderam as compras de todo o Brasil. Outras oito nações e o Reino Unido restringiram as compras do RS, enquanto outros dois países barraram apenas produtos oriundos de Montenegro. A suspensão somente para o município de Montenegro foi determinada pelo Japão e a Arábia Saudita. Essa condição vale pelo menos até que o Brasil se autodeclare livre da doença perante a Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa), que a entidade reconheça esse status e essas nações formalizem o fim dos embargos. 

O EMBARGO AO FRANGO

  • Para todo o Brasil: China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, África do Sul, União Euroasiática, Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Sri Lanka, Paquistão, Filipinas e Jordânia.
  • Para o Rio Grande do Sul: Reino Unido, Bahrein, Cuba, Macedônia, Montenegro, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão e Ucrânia.
  • Para Montenegro: Japão e Arábia Saudita

Em viagem de retorno da China, o secretário de Comércio Relações Internacionais do ministério, Luis Rua, disse ao Jornal do Comércio que a pasta está trabalhando para antecipar o fim do embargo daquele país aos embarques brasileiros.

No encontro na Capital Federal, do qual participaram também os secretários Artur Lemos, da Casa Civil, e Edivilson Brum, da Agricultura, Leite reforçou a importância do trabalho conjunto e elogiou a dedicação das equipes técnicas envolvidas.

“Estamos muito tranquilos com os encaminhamentos. O trabalho está sendo feito com responsabilidade, e isso mostra o compromisso do sistema de defesa sanitária brasileiro e gaúcho”, disse o governador, acrescentando que o caso será um exemplo positivo da seriedade com que o Brasil trata a sanidade animal.

Além do caso confirmado em Montenegro, outros nove suspeitos estão sob investigação do Ministério da Agricultura no País. Nesta quarta-feira, o painel de monitoramento do governo federal incluiu uma ocorrência em uma galinha doméstica em uma propriedade de subsistência no município de Gaurama, no norte gaúcho. Na véspera, uma ave silvestre com sintomas compatíveis foi identificada em Derrubadas, no noroeste do Estado. Esses dois casos se juntam ao de uma ave em criatório de subsistência em Triunfo, na região metropolitana de Porto Alegre.

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