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Haddad admite que taxa Selic a 15% é alta e que há 'debate' sobre corte

Porém, o ministro disse que há um "debate" sobre cortar ou não a taxa de juros. "Tá exagerada ou não tá exagerada a taxa de juros atual? Tem conversa entre os economistas. Em geral, quem pensa diferente acha que o outro está sempre errado. Não é assim, tem um debate. Nos Estados Unidos, na Europa, no mundo inteiro tem debate sobre o patamar adequado da taxa de juros. Tem gente no Brasil hoje, inclusive do mercado financeiro, que (acha) chegou a hora de começar a cortar. Tem gente que acha que não."

Haddad afirmou que o Brasil está crescendo "o dobro do que crescia nos oito anos anteriores", com PIB (Produto Interno Bruto) entre 1,5% e 3% ao ano. "Agora está crescendo menos porque a taxa de juros tá muito alta. E o repique inflacionário exigiu providência do Banco Central."

Fazenda estuda se setores abusam de recuperação judicial

Ministro suspeita de que "um ou dois setores da economia" estejam abusando do instrumento da recuperação judicial. Previsto em lei, ele é utilizado para socorrer empresas em crises financeiras. "A gente está analisando com mais calma", observou.

Haddad voltou a defender que o Congresso aprove o projeto do governo para isentar de imposto de renda das pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês. Para bancar a falta de recursos, seriam tributadas as pessoas mais ricas, que ganham mais de R$ 50 mil por mês. "Nós estamos na briga agora para aprovar esse imposto mínimo de 10% para liberar a galera de imposto de renda", disse. "Por que você precisa liberar isso? Para algumas pessoas vai significar um 14º salário. Então, para terminar um mês vai ficar mais fácil."

Haddad disse buscar dinheiro para Fundeb

Ministro reafirmou que herdou gastos do Fundeb (Fundo de Manutenção da Educação Básica) da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Mas ele reconheceu que esses gastos foram feitos a contragosto do governo anterior, por pressão dos movimentos sociais e disse que, na verdade, está buscando formas de financiar as despesas por que elas são "meritórias".

As despesas "herdadas" seriam de R$ 80 bilhões, sendo R$ 40 bilhões do Fundeb e R$ 40 bilhões do BPC (Benefício de Prestação Continuada). "O que eu critiquei foi criar o Fundeb sem fonte de financiamento", disse o ministro. "O que eu estou fazendo como ministro da Fazenda, é exatamente buscando a fonte de financiamento para custear o Fundeb, que eu também comemorei", iniciou.

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