Haddad diz que governo define hoje proposta para orçamento de 2026

Para a gente poder fechar, essas leis todas têm que estar harmonizadas. Quanto vai ser de receita, quanto vai ser de despesa, liberar o orçamento. No fundo, é uma coisa só. Essas coisas precisam dialogar uma com a outra, porque senão você vai ter problema de execução orçamentária e tudo que nós não queremos é chegar o ano que vem com problema de emenda, de interrupção de obra. Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Medida provisória que perdeu vigência tinha temas que precisam ser considerados. Segundo Haddad, a MP que o Congresso não votou tem pontos relativos a despesas primárias e a despesas tributárias que precisam entrar no planejamento do orçamento de 2026, e que os presidentes da Câmara e do Senado estão cientes disso. "Os dois presidentes das casas já estão a par de que nós temos que encontrar um caminho para ajustar as contas direitinho e não ter nenhum percalço no ano que vem, como não tivemos nos últimos anos", disse Haddad.

Governo busca o centro da meta de superávit fiscal. Fernando Haddad reforçou que o governo vai entregar o compromisso de superávit primário. "A Fazenda já provou que busca o centro. Ano passado, nós tínhamos espaço para investir R$ 20 bilhões a mais do que investimos. E nós não usamos, porque nós entendemos que o compromisso com as contas públicas é o que está trazendo para o Brasil crescimento com baixa inflação e baixo desemprego. Nós queremos manter esse padrão", disse.

Resposta a críticas do presidente da Comissão Mista de Orçamento. Fernando Haddad rebateu fala do senador Efraim Filho (União-PB), acusando o governo de ter dificuldade para cortar gastos. Segundo o ministro das Fazenda, o senador é que deveria ser mais ativo e votar as propostas do Executivo. "Ele reclama e não vota", disse.

As pessoas precisam reconhecer que nós mandamos pra lá (Congresso) corte de gasto, mas eles não votam. A própria MP 303 tinha cinco itens lá de corte de gasto. Eles podiam ter votado, pelo menos isso, mas nem isso votarem. Fernando Haddad, ministro da Fazenda