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Haddad diz que inflação de 5% é 'relativamente normal'; meta do BC é de 3%

"Com a valorização do dólar pelo mundo, isso acabou nos fazendo ter problemas com inflação no segundo semestre do ano passado. Por isso, o Banco Central teve de intervir para garantir que a inflação fosse controlada", disse.

Longe da meta

Em 2024, a inflação oficial do País, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), fechou em 4,83%, acima do teto da meta (de 4,5%), puxada pelo impacto do câmbio e pela alta de preços dos alimentos. Economistas afirmam que a preocupação com o IPCA segue agora em 2025, apesar da menor pressão do câmbio até agora.

Para Heron do Carmo, da FEA/USP, o governo deveria focar no controle dos gastos públicos, em vez de depender exclusivamente da política monetária. "Inflação é sempre preocupante, especialmente no Brasil", disse ele. A trajetória dos preços também é monitorada de perto pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, que já indicou mais uma alta de um ponto porcentual para a Selic na sua reunião de março - o que levaria a taxa básica de juros para 14,25% ao ano.

Pelo relatório Focus (uma compilação feita pelo BC) divulgado ontem, o mercado voltou a aumentar a previsão para o IPCA no ano: a mediana foi de 5,58% para 5,6%, 1,1 ponto porcentual acima do teto da meta. Foi a 18.ª semana consecutiva de aumento das estimativas. Um mês antes, o índice esperado era de 5,08%. Também ficou mais alta a previsão do mercado para os preços no próximo ano, com a mediana saindo de 4,30% para 4,35%.

A partir deste ano, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.

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