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Haddad: Faria Lima às vezes não nota risco fiscal do tamanho de 'elefante'

"Quando a tese do século foi julgada, abriu um rombo de R$ 1 trilhão. Se você pegar os indicadores, dólar e juro não mudaram. Como é possível a União tomar um tombo de R$ 1 trilhão e não mexe o ponteiro nem do dólar nem do juro?", disse Haddad no evento Rumos 2025, promovido pelo jornal 'Valor Econômico', na manhã de hoje, em São Paulo.

"Eu já perguntei para vários amigos economistas por que eles não reagiram. Ninguém me deu uma boa resposta. Tem muita coisa acontecendo que passa ao largo do debate público, mas que é fundamental em médio e longo prazo", continuou.

Segundo Haddad, o atual governo eliminou R$ 1,5 trilhão de novas despesas que poderiam surgir em derrotas no STF porque passou a agir preventivamente, explicando aos ministros as consequências dos julgamentos mais sensíveis nas contas públicas.

"Nós tiramos R$ 1,5 trilhão da conta de riscos judiciais. Você vai ali na Faria Lima, ninguém vai te dizer 'bom trabalho da área econômica' porque isso não está no radar deles", afirmou.

Haddad disse que, desde janeiro de 2023, quando o governo federal passou a ter uma posição mais proativa para tratar riscos fiscais com ministros do STF, a União não perdeu mais nenhum julgamento com potencial significativo de impacto nas contas públicas. Ele atribuiu isso ao que chamou de "consequencialismo jurídico".

"Uma coisa pouco notada é que não perdemos mais nenhuma grande causa nos tribunais superiores. Na semana passada, num julgamento de dedução de gastos de educação, que poderia abrir um rombo de R$ 115 bilhões nas contas públicas. Várias ações judiciais foram vencidas não porque o STF mudou, mudaram um ou dois ministros. O que mudou foi atuação do Executivo de mostrar as consequências para a sociedade como um todo", disse.

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