O maior projeto em potência instalada dos 65 que venderam energia em leilão destinado a empreendimentos hidrelétricos promovido na semana passada pelo governo federal é da cooperativa Creral, de Erechim. A usina Foz do Prata, que será construída no rio da Prata, entre os municípios de Veranópolis e Nova Roma do Sul, terá 49 MW de capacidade. O presidente da associação gaúcha, Alderi do Prado, estima que seja possível conseguir a licença ambiental de instalação do empreendimento, que já possui o licenciamento prévio, antes do final do primeiro semestre de 2026.
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O maior projeto em potência instalada dos 65 que venderam energia em leilão destinado a empreendimentos hidrelétricos promovido na semana passada pelo governo federal é da cooperativa Creral, de Erechim. A usina Foz do Prata, que será construída no rio da Prata, entre os municípios de Veranópolis e Nova Roma do Sul, terá 49 MW de capacidade. O presidente da associação gaúcha, Alderi do Prado, estima que seja possível conseguir a licença ambiental de instalação do empreendimento, que já possui o licenciamento prévio, antes do final do primeiro semestre de 2026.
A potência prevista para a usina representa cerca de 0,9% da atual capacidade hidrelétrica instalada no Rio Grande do Sul, segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Prado salienta que, conseguindo a licença de instalação, a ideia é começar as obras da planta na segunda metade do próximo ano. “Agora (depois do resultado do leilão), mais do que nunca, o cronograma vai ser mantido”, enfatiza o dirigente.
Ele adianta que a meta é que o complexo entre em operação até o começo de 2029. Durante o tempo que irá operar antes da data prevista pelo contrato estabelecido em leilão (que é 1º de janeiro de 2030), a usina deverá comercializar energia no mercado livre (formado por consumidores de maior porte, que podem escolher de quem adquirir a geração).
No momento, o aporte calculado no complexo é de aproximadamente R$ 400 milhões. O presidente da Creral adianta que, futuramente, o orçamento pode ser afinado e haver mudanças nessas projeções, diminuindo o montante final desembolsado. Conforme Prado, as conversas sobre as possibilidades de mecanismos de financiamento já começaram a ser feitas. A expectativa de geração de empregos com as obras é de cerca de 300 postos de trabalho.
Além de Foz do Prata, a Creral participa, através de parcerias, em outros três projetos hidrelétricos que venderam energia no recente leilão. Essas usinas (Santo Cristo, Malacara e Gamba), todas a serem construídas em Santa Catarina, somam 41 MW e investimentos estimados em quase R$ 275 milhões. Com as quatro hidrelétricas, durante as duas décadas em que o contrato de fornecimento de energia irá vigorar, a cooperativa gaúcha deve obter uma receita bruta de aproximadamente R$ 3 bilhões. Somente Foz do Prata deve render uma cifra de cerca de R$ 1,6 bilhão.
Prado frisa que esses projetos serão o foco da cooperativa na área de geração nos próximos anos. “Mas claro que temos vários empreendimentos em carteira que a gente vai amadurecendo durante esse tempo, fazendo processos de licenciamento e de conexão (na rede elétrica)”, comenta o presidente da Creral. Ele adianta que isso significa que a cooperativa pode participar dos próximos leilões, porém com usinas a serem implementadas somente após 2029.
O presidente da cooperativa gaúcha comenta que ele esperava que o leilão da semana passada fosse até mais acirrado, devido ao fato de terem sido habilitados vários empreendimentos na disputa (241 projetos). No entanto, o dirigente ressalta que diversas dessas iniciativas acabaram apresentando problemas de conexão ao sistema de transmissão, o que facilitou o caminho das usinas da Creral, que conseguiram confirmar a venda de energia no certame.
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