9 janeiro 2024, 17:31 -03
Atualizado Há 1 minuto
Um grupo de homens armados invadiu um estúdio de televisão no Equador e ameaçou funcionários que estavam transmitindo ao vivo, mostraram imagens.
A programação da emissora TC, da cidade de Guayaquil, foi interrompida nesta terça-feira (9/1) pelo grupo, que usava capuz e estava armado.
A equipe foi forçada a se deitar no chão antes da transmissão ao vivo ser interrompida.
Um estado de emergência de 60 dias começou no Equador na segunda-feira (8/1), depois que o líder de uma gangue condenado, José Macías "Fito", desapareceu de sua cela na prisão.
Os homens encapuzados foram vistos saindo dos estúdios da emissora TC. A polícia foi vista entrando no set cerca de 30 minutos depois que os homens armados apareceram pela primeira vez.
Unidades da Polícia Nacional em Quito e Guayaquil foram enviadas ao local.
O presidente do Equador, Daniel Noboa Azin, afirmou na conta dele do Twitter que assinou um decreto no qual declara um "Conflito Armado Interno".
"Identifiquei os seguintes grupos do crime organizado transnacional como organizações terroristas e atores beligerantes não estatais: Águilas, ÁguilasKiller, Ak47, Caballeros Oscuros, ChoneKiller, Choneros, Covicheros, Cuartel de las Feas, Cubanos, Fatales, Gangster, Kater Piler, Lagartos, Latin Kings, Lobos, Los p.27, Los Tiburones, Mafia 18, Mafia Trébol, Patrones, R7, Tiguerones", disse o presidente.
"Ordenei às Forças Armadas que realizassem operações militares para neutralizar estes grupos", acrescentou.
Desde que o estado de emergência foi declarado, pelo menos sete policiais foram sequestrados por membros de gangues.
As medidas foram decretadas pelo presidente Daniel Noboa depois que o chefe da gangue Los Choneros desapareceu de uma prisão de segurança máxima no domingo (7/1).
Quase 40 outros presos, incluindo outro traficante condenado, fugiram de outra prisão na cidade de Riobamba na madrugada de terça-feira.
Ainda não está claro se o ataque à rede de TV está relacionado com a fuga da prisão, mas é um exemplo da deterioração da situação de segurança no país.
Crise penitenciária
Governos anteriores do Equador também declararam estado de emergência visando resolver a crise do sistema penitenciário, mas sem sucesso.
Em agosto de 2023, o então presidente Guillermo Lasso ordenou a transferência de Macías para o Centro Penitenciário La Roca, medida que foi revertida algumas semanas depois por um juiz.
O plano de segurança de Noboa inclui a criação de uma nova unidade de inteligência, armas táticas para aplicação da lei e segurança e um plano para manter temporariamente prisioneiros perigosos em navios-prisão.
Desde 2021, mais de 400 mortes foram registradas nas prisões do Equador devido a confrontos entre facções rivais.
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