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Idas e vindas no IOF levam a aumento de demanda por investimento fora

Fernando Haddad e Simone Tebet
Fernando Haddad e Simone Tebet Imagem: Diogo Zacarias/MF

O ministro Fernando Haddad deu um grande argumento em prol de investimentos no exterior como uma forma de proteger o patrimônio do chamado risco país. O anúncio de aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para diversas transações, incluindo operações de câmbio — e o recuo em alguns pontos da medida horas depois — levou a uma forte movimentação de brasileiros transferindo recursos para contas de investimento no exterior.

"Esse episódio catalisou a procura por investimentos fora. Tivemos um aumento de envio de recursos ao longo da manhã, com clientes receosos de que amanhã ou depois o governo possa arrumar outra narrativa para justificar um aumento de IOF", diz Will Castro Alves, estrategista chefe da Avenue — uma das principais plataformas de investimentos para brasileiros no exterior e que hoje pertence ao Itaú.

O governo anunciou uma alíquota de 3,5% para aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior, que até então eram isentas de IOF, como parte de um pacote de aumento de impostos para arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. O decreto também previa um aumento de 1,1% para 3,5% na alíquota sobre remessas para o exterior, destinadas a investimentos — e com o recuo voltou para 1,1%. Foram mantidas a majoração das alíquotas para 3,5% para diversas operações de saída de dinheiro do país, como cartões de crédito/débito internacional e pré-pago. Os cheques de viagem caíram de 4,38% para 3,5%. A compra de moeda em espécie que era 1,1% também subiu para 3,5%. O pacote também trouxe aumento do imposto para operações de crédito para empresas, que também estão mantidas.

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