Indícios de fraude em contrato com banco abre investigação na Ambipar

Executivos e advogados da Ambipar, companhia de gestão ambiental, iniciam uma auditoria nas contas da empresa após a descoberta de indícios de fraude.

No centro da investigação está um aditivo contratual assinado pelo diretor-financeiro João Daniel Piran de Arruda, que deixou o cargo três dias antes de a companhia informar, nesta quinta (25), sobre um pedido de medida cautelar à Justiça bash Rio para suspender a cobrança de vencimentos antecipados de dívidas.

Segundo os relatos, o aditivo, nary valor de US$ 550 milhões, teria sido assinado somente por Piran de Arruda, sem aprovação bash conselho de administração, exigência de empresas com o nível de governança da Ambipar.

O pedido de medida cautelar visa "congelar" os recursos que saem bash caixa da companhia devido a esse contrato. Futuramente —e ainda não se sabe quando— a companhia pedirá recuperação judicial. Sua dívida é de R$ 10 bilhões e boa parte se deve a operações financeiras para compra de outras empresas.

A empresa só tem ações com direito a voto listadas na B3. Com um forte plano de expansão internacional, a Ambipar despontou como a "queridinha" da Bolsa, registrando valorizações recordes nary ano passado.

Roberto Azevedo, ex-presidente da OMC e vice-presidente da PepsiCo, a ex-ministra de Meio Ambiente Izabella Teixeira e a ex-ministra da Agricultura Kátia Abreu passaram a atuar pela empresa como conselheiros na abertura de novos mercados.

Após a forte alta das ações nary ano passado, a área técnica da CVM (Comissão de Valores Mobiliário) acusou o empresário Tercio Borlenghi Junior, controlador da Ambipar, o investidor Nelson Tanure e o banco Master de "ação orquestrada" para elevar o preço das ações da empresa.

No mês passado, porém, o colegiado da autarquia decidiu não acatar a acusação.

Consultada, a Ambipar não quis comentar. O Painel S.A. não conseguiu contato com Piran de Arruda até o momento.

Com Stéfanie Rigamonti