O Brasil, caso passasse por um processo de reindustrialização, poderia geram 236 mil novas vagas de trabalho. Para tanto, bastaria diminuir metade das importações da cadeia do aço, segundo projeção do vice-presidente da Usiminas, empresa líder no setor siderúrgico brasileiro, Marcelo Homes, durante reunião-almoço da Associação do Aço do rio Grande do Sul, nesta terça-feira (17).
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O Brasil, caso passasse por um processo de reindustrialização, poderia geram 236 mil novas vagas de trabalho. Para tanto, bastaria diminuir metade das importações da cadeia do aço, segundo projeção do vice-presidente da Usiminas, empresa líder no setor siderúrgico brasileiro, Marcelo Homes, durante reunião-almoço da Associação do Aço do rio Grande do Sul, nesta terça-feira (17).
Ao avaliar o cenário local e macroeconômico, o executivo observou que vivemos no país um período de equilíbrio econômico nos últimos três anos. Porém, a geopolítica e os movimentos dos Estados Unidos e China podem indicar um panorama de dificuldades para o setor. “Será uma catástrofe para o setor se o governo não tomar decisões estratégicas diante de um cenário desafiador. Precisamos nos unir para conseguirmos transmitir a força e a importância que o setor tem para o Brasil”, destacou.
Homes entende que a pressão sobre o produto deverá se manter, uma vez que a China, exemplificou, mantém a produção mesmo com diminuição da demanda. Em 2024, o país teve 5% de queda no consumo, enquanto que a produção diminuiu apenas 2%, com investimentos em plantas na Indonésia, Filipinas e Malásia, entre outros. “Não há outra palavra, se não dumping. Não temos como concorrer com um país que consegue operar com margens negativas por mais de 3 anos, e com subsídio do governo”, frisou, ao lembrar que para qualquer país operar com margens negativas seria impossível.
Para o vice-presidente, o cenário é desafiador, sobretudo pelo excedente vindo do país asiático com menores preço. Entretanto, há réguas estabelecidas no comércio internacional para frear esse tipo de competição desleal. O que seria urgente é uma ação do governo federal.
Em 2024, lembrou o executivo, o Brasil lançou no mercado 26 milhões de toneladas de produtos da siderurgia, nível que não é ruim. Entretanto, a rentabilidade é o ponto principal. “1 em cada 4 toneladas de aço vêm do exterior e de uma origem desleal. Quando falamos de um mercado saudável, falamos de 10% ou 12%, mas aqui são 25% de toneladas que vêm de fora”, citou. Homes lembrou ainda que importações indiretas da cadeia do aço foram de U$ 104 bilhões no ano passado. “Se tivéssemos sucesso na reindustrialização, assumíssemos essa premissa, metade desses U$ 104 , se fossem produzidos, seriam 40 mil empregos no setor de automóveis, 120 em tratores, 69 mil em eletrodomésticos. Seriam 236 mil vagas adicionais. Considerando o salário médio, gerados R$ 13 bilhões anuais adicionais, com impacto no consumo. Seria um círculo virtuoso”, defendeu.
Um quarto trimestre difícil
Durante a reunião, o presidente da Associação, Eduardo Zanotti, alertou para a importância de união de forças para a defesa do setor. “A competição, muitas vezes não é do aço com o aço, mas do aço com produto importado, como autopeças, tubos, energia solar. A coalizão da cadeia é fundamental”, alertou.

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