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Inflação tende a se acomodar a partir de abril, mas ainda em nível alto

O resumo da história é a de que não está ocorrendo — nem se prevê — descontrole de preços, mas a inflação encontrou acomodação, neste momento, em nível alto, acima do teto do intervalo de tolerância do sistema de metas, que é de 4,5%.

É possível contar com algum pequeno viés de baixa nessas projeções, se a cotação do dólar, cuja variação influencia conjunto relevante de preços, mantiver a trajetória de valorização do real ante a moeda americana por um período mais longo em 2025.

Pressão em serviços

Na composição da inflação de abril, os analistas destacaram o índice de dispersão, que atingiu 66,8%, acima dos 65% de março e bem acima dos 57% de abril do ano passado. O índice de dispersão mede a quantidade de itens da cesta de produtos e serviços do IPCA que registraram alta de preços no mês.

Também foram observadas pressões em bens industriais e serviços. Preços de bens industriais, como eletroeletrônicos e vestuário, ainda são afetados pelos efeitos defasados da alta na cotação do dólar, no último trimestre de 2024. A tendência, portanto, diante da prevista menor desvalorização do real ante a moeda americana, em 2025, é de que preços de bens industriais mostrem algum alívio no segundo semestre.

Serviços continuam pressionados, em reação ao aquecimento da economia. Os preços dos serviços subjacentes — uma espécie de núcleo do segmento de serviços —, em abril, aumentaram 7,7%, no acumulado em 12 meses, puxando o índice geral para cima.

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