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Israel vive expectativa de libertação de reféns pelo Hamas neste fim de semana

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse acreditar que as vítimas retornarão a Israel na segunda-feira. Há, porém, a possibilidade de que os sobreviventes sejam libertados ainda no fim de semana.

A principal dúvida está em relação aos corpos dos reféns que morreram nas mãos dos terroristas. O Hamas alega não saber onde estão os restos mortais e pediu mais tempo para concluir a operação. Segundo a imprensa israelense, oito corpos estão desaparecidos.

Para resolver o impasse, a Turquia anunciou a criação de uma força-tarefa com autoridades estrangeiras para ajudar o Hamas a localizar os corpos em diferentes áreas da Faixa de Gaza. As buscas terão apoio de Israel, Estados Unidos, Catar e Egito.

Em Israel, o clima é de comoção. No dia do anúncio do cessar-fogo, Einav Zaugauker, mãe de um refém, foi até uma praça de Tel Aviv dedicada aos sequestrados para comemorar.

“O que eu vou dizer para ele? O que vou fazer? Abraçar e beijar”, disse sobre o reencontro com o filho. “Só quero dizer que o amo, só isso. E ver os olhos dele se encontrarem com os meus... Vai ser demais, um alívio.”

Neste sábado (11), familiares de reféns farão um pronunciamento conjunto em frente a um quartel das Forças de Defesa de Israel, em Tel Aviv. Durante os dois anos de guerra, as famílias realizaram várias manifestações para pressionar o governo a trazer as vítimas de volta para casa.

Ainda não está claro como será a operação de entrega dos reféns. Nas duas últimas tréguas da guerra, quando o Hamas libertou apenas parte dos sequestrados, as vítimas foram entregues à Cruz Vermelha e, depois, levadas a Israel por militares.

▶️ A guerra entre Israel e o Hamas começou em 7 de outubro de 2023, quando os terroristas lançaram um ataque que resultou na morte de mais de 1.200 pessoas e no sequestro de outras 251. De lá para cá, mais de 60 mil palestinos morreram em Gaza, segundo dados de autoridades ligadas ao Hamas.

Ex-reféns comemoram anúncio de acordo para o fim da guerra entre Israel e o Hamas, em 9 de outubro de 2025 — Foto: REUTERS/Shir Torem

O plano de paz assinado por Israel e Hamas foi apresentado no fim de setembro por Trump e negociado com a mediação de Egito, Catar e Turquia. Veja alguns pontos a seguir.

🟢 Reféns: Segundo Israel, o Hamas ainda mantém 48 dos 251 sequestrados no ataque terrorista em 2023. As demais vítimas foram libertas durante a vigência de outros dois acordos de cessar-fogo ou por meio de operações militares israelenses.

  • A proposta apresentada pelos Estados Unidos determina que o Hamas tem até 72 horas para libertar todos os reféns, vivos ou mortos, após o início do cessar-fogo.
  • Em troca, a expectativa é que Israel liberte quase 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo condenados à prisão perpétua.
  • Israel estima que, dos 48 reféns, apenas 20 estejam vivos.

💥 Ataques em Gaza: O plano prevê o fim dos bombardeios na Faixa de Gaza. Segundo Trump, as Forças de Defesa de Israel irão recuar para linhas acordadas com o Hamas, o que indica que tropas ainda permanecerão no território palestino.

  • O plano divulgado pela Casa Branca no fim de setembro prevê uma retirada gradual das tropas do território palestino.
  • Logo após o anúncio do cessar-fogo, as forças israelenses recuaram para uma linha acordada com o Hamas.
  • Com isso, Israel diminuiu a área de ocupação em Gaza de 75% para 53%.
  • O chefe do Estado-Maior de Israel instruiu as tropas a se prepararem para todos os cenários e para a operação de retorno dos reféns.

Infográfico mostra recuo das tropas de Israel em Gaza. — Foto: Arte/g1

🔎 O que falta esclarecer: Apesar do início do cessar-fogo, vários detalhes do plano de paz ainda não foram divulgados.

  • Segundo o presidente Trump, outras fases do acordo estão em negociação. Ainda não se sabe como serão as próximas etapas.
  • Também não está claro como será a transição de governo na Faixa de Gaza, proposta pela Casa Branca.
  • Além disso, não há confirmação de que o Hamas tenha se comprometido a entregar suas armas. O grupo terrorista tem indicado que não concorda com a ideia.
  • O Hamas disse também que não vai acertar uma tutela estrangeira na governança de Gaza, algo previsto no plano dos Estados Unidos.

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