Nesta quarta (25), o conselho, presidido temporariamente pelo Brasil, colocou mais duas resoluções em votação:
- texto dos Estados Unidos: vetado por Rússia e China;
- texto da Rússia: vetado pelos Estados Unidos.
Na semana passada, o conselho também analisou uma proposta de resolução apresentada pelo Brasil. O texto, entre outros pontos, previa a abertura de corredores humanitários na região para que as pessoas possam deixar Israel e Gaza pelo Egito e retornarem a seus países.
O texto obteve os votos favoráveis de 12 dos 15 integrantes do conselho, mas os Estados Unidos utilizaram o poder de veto e barraram a resolução.
Diante dos vetos mais recentes, diplomatas disseram que a estratégia a partir de agora será focar as negociações de um texto com Estados Unidos e Rússia para que, em uma nova votação, um país não vete o texto apoiado pelo outro, evitando o chamado veto cruzado.
Ao todo, o Conselho de Segurança da ONU é formado por 15 membros, mas somente cinco ocupam os chamados assentos permanentes e, com isso, têm direito a poder de veto. São eles: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.
Os outros dez países integram o conselho de forma temporária e, por isso, não têm direito a veto. Além do Brasil, integram este grupo atualmente, entre outros: Japão, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Equador e Moçambique.
Segundo diplomatas ouvidos pela GloboNews, são os países desse grupo, com assentos não-permanentes, que ainda acreditam na aprovação de uma resolução sobre o conflito no Oriente Médio e passaram a discutir como, em uma eventual nova votação, evitar um veto cruzado entre EUA e Rússia.
O objetivo, naquele momento, era discutir situações de países como Colômbia e Iêmen, além das missões de paz na Síria, na Líbia, no Haiti e na República Centro Africana.
Desde o início do conflito, diplomatas brasileiros, entre eles o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o embaixador do Brasil na ONU, Sergio Danese, tentaram articular junto aos outros integrantes do grupo a aprovação de alguma medida para tentar, principalmente, um cessar-fogo na região e a abertura de corredores humanitários.
O Brasil deixará o comando do grupo no próximo dia 31. A partir de novembro, a China presidirá o Conselho de Segurança da ONU.
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