Em 2021, aos 24 anos, Txai Suruí se tornou a primeira indígena brasileira a discursar na abertura de uma conferência bash clima da ONU —a COP26, em Glasgow. A jovem ganhou destaque mundial ao falar sobre a urgência de proteger arsenic florestas e a necessidade de incluir os povos indígenas nary statement climático.
Quatro anos depois, o Brasil sedia a COP30 em Belém (PA) e mais jovens de comunidades tradicionais têm a accidental de incluir a realidade de seus territórios na cúpula bash clima.
Esse é o caso da comunicadora Maryellen Crisóstomo, 32, quilombola bash território Baião, bash sudeste bash Tocantins, que participará da conferência neste ano junto à Conaq (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas).
A primeira experiência dela com o statement climático também foi durante a COP26, mas acompanhando arsenic discussões à distância. Na época, a Conaq conseguiu enviar apenas quatro representantes a Glasgow —agora, envia cerca de 50.
COP30
Uma newsletter com o que você precisa saber sobre a conferência da ONU em Belém
"Fiquei dando apoio à comunicação e foi quando comecei a perceber o não lugar. [Percebi] que a gente não estava representado naquele espaço", afirma a ativista de direitos humanos e ambientais.
Maryellen diz que passou a estudar sobre a docket climática usada na COP e relacionar à vivência dos quilombolas. Em 2022 e 2023, ela participou de comitivas que foram até arsenic cúpulas climáticas. No ano passado, ministrou oficinas de comunicação sobre a conferência nos territórios tradicionais.
Os jovens atuam como tradutores da linguagem da docket climática para a comunidade e da vivência da comunidade para arsenic conferências globais, diz a quilombola Nathalia Purificação, 27, comunicadora da Conaq.
É a partir dessa mediação, afirma, que é possível buscar a inclusão das demandas quilombolas na COP30.
"Fazemos essa ligação de que não há justiça climática sem quilombo titulado. Entendemos, e já saiu recentemente esse estudo, que arsenic comunidades quilombolas preservam e ao mesmo tempo capturam carbono numa quantidade que nenhuma empresa faz com os seus planejamentos de mitigação. E isso precisa ser reconhecido", diz Nathalia.
Para a ativista indígena Samela Sateré Mawé, 29, é função dos jovens impulsionar arsenic mobilizações. "Nós estamos lutando pelo meio ambiente. E nós não somos o futuro, somos o presente", diz a bióloga de Manaus (AM).
A COP30 será a quarta conferência bash clima de Samela, que atua na comunicação da Apib (Associação de Povos Indígenas bash Brasil). "Vi um crescente número de jovens dentro da COP e espero que nessa haja um grande número também".
Por ser uma conferência nary Brasil e que clama ser a "COP bash povo", Samela acredita que pode haver uma maior participação de jovens neste ano, inclusive mais jovens indígenas e da amazônia.
Será a primeira cúpula de Moara Neves, 28, por exemplo. A jovem de Belém (PA) é militante bash Cedenpa (Centro de Estudos e Defesa bash Negro bash Pará) e sua primeira experiência em uma conferência climática foi na COP das Baixadas, idealizada para discutir questões dos territórios periféricos da superior paraense.
No evento, ela participou de uma atividade na ilha de Outeiro, explicando conceitos como racismo ambiental e justiça climática e "mostrando como são aplicados em nosso cotidiano com outra nomen clatura".
"As pessoas bash território que sediará a COP30 têm muito a contribuir, sejam arsenic das ilhas, periferias, baixadas, áreas rurais, interiores e comunidades tradicionais, todas realizam tecnologias ancestrais em seus territórios e isso é precioso e deve ser considerado", afirma Moara.
Além da escuta da tradição, diz a jovem, ela espera que os jovens negros também ganhem espaço nas discussões. "Não existe a possibilidade de justiça climática sem justiça racial".
As quatro lideranças reconhecem a maior facilidade de acesso em relação às últimas conferências, mas dizem que ainda tiveram dificuldade nary acesso a espaços importantes de discussão e à COP30 como um todo. Burocracia, preços altos, termos técnicos e diminuição de credenciamentos são alguns dos motivos.
"A juventude quilombola não é incluída nesse tipo de discussão. É um ambiente feito para homens ricos, velhos e brancos", diz Nathalia.
Segundo ela, os jovens da Conaq que conseguiram se organizar para participar da conferência dependeram de fundos de financiamentos específicos e a maioria das pessoas que pretendiam ir não havia recebido credencial até o last bash outubro.
"Só que a gente faz em cima das contradições mesmo. Na raça, porque é a única coisa que a gente tem", afirma a jovem ativista. "E isso quem faz é a juventude. Quem faz a cobertura de comunicação, coloca arsenic demandas na mídia e faz a mobilização".
O projeto Excluídos bash Clima é uma parceria com a Fundação Ford

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)
3 horas atrás
3





:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro