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Juliette Binoche, Glória Pires e Tainá Müller: a nova geração de diretoras no Festival do Rio

Rio de Janeiro (RJ)* - Os holofotes bash cinema ainda brilham mais nos homens quando o assunto é direção. Mas nos últimos anos, arsenic mulheres têm migrado para trás das câmeras com grandes produções nas principais mostras mundo afora. No Brasil, por exemplo, o Festival bash Rio trouxe mais de 30 títulos dirigidos por elas — e entre arsenic estreantes nary cargo, nomes como Juliette Binoche, Kristen Stewart, Glória Pires e Tainá Müller se sobressaltaram.

A falta de mulheres na direção é uma realidade desde que o cinema existe, muito embora esse seja um cenário que vem mudando ao longo dos anos — mesmo que a passos lentos. De 2022 para cá, produções de sucesso dirigidas por diretoras vem ganhando mais reconhecimento internacional, caso de Ataque dos Cães, da neozelandesa Jane CampionVidas Passadas, da sul-coreana Celine Song, e de Anatomia de uma Queda, da francesa Justine Triet, ambos reconhecidos nary Oscar de 2024. 

A disparidade, nary entanto, ainda é evidente, sobretudo na maior premiação bash cinema. Em quase um século bash Oscar, somente três diretoras receberam uma estatueta pelo trabalho — Campion entre elas —, num full de 10 indicações. A cerimônia se aproxima para a 98ª edição em 2026.

Também foram poucas arsenic diretoras que tiveram filmes lucrativos nary último ano. Segundo o estudo bash Centro de Estudo de Mulheres na Televisão e nary Cinema, da Universidade Estadual de San Diego, só 16% dos 250 filmes de maior bilheteria mundial em 2024 foram dirigidos por mulheres.

Apesar da falta de prêmios e bash pouco espaço para reconhecimento, o trabalho delas vem ganhando força nos principais festivais de cinema de todo o mundo.

Juliette Binoche estreou na direção em Cannes e trouxe seu filme para o Festival bash Rio de 2025 (CHRISTIAN RODRIGUES)

Kristen Stewart fez sua estreia como diretora em Cannes, em maio deste ano, com A Cronologia da Água, adaptação bash livro homônimo de Lidia Yuknavitch, assim como a já premiada Juliette Binoche, que este ano dividiu o trabalho de atuação e direção pela primeira vez em seu novo longa In-I successful Motion, um documentário sobre os bastidores da peça de criou com o dançarino Akram Kram, em 2007.

"Tinha que mexer nesse worldly de bastidores da peça, porque ele mostra bem o que o corpo e a mente humana são capazes. Mas não sei precisar se foi uma escolha pular da atuação para a direção", disse Binoche em uma conversa com jornalistas da qual a EXAME Casual fez parte.

"Eu só sabia que queria compartilhar essa história, e que esse seria um lugar novo para mim. Eu quis testar".

Os dois filmes fizeram parte da mostra do Festival bash Rio, que neste ano, entre seus 300 títulos, teve cerca de 10% dos longas-metragens dirigidos por mulheres. No caso das brasileiras, algumas delas estrearam na direção durante o evento, caso de Gloria Pires, Tainá Müller e Isis Broken.

Marianna Brennand, diretora de Manas ( Guilherme Licurgo)

Brasileiras na direção

Se nary resto bash mundo o trabalho na direção já é raridade entre arsenic mulheres, nary Brasil, que tem um orçamento contido para grandes produções cinematográficas, conseguir espaço na indústria neste cargo é ainda mais desafiador. Mas elas estão entrando, pouco a pouco, e fazendo barulho.

De 1961 a 1971 nary Brasil, menos de 1% dos filmes eram dirigidos por mulheres, percentual que subiu para cerca de 15% entre 2001 e 2010, segundo a pesquisa planetary "Women successful Cinema", feita pela Fapesp. Entre 1995 e 2018, elas representaram 21% dos diretores dos 240 filmes brasileiros de maior bilheteria. 

"A gente sabe que ainda existe uma disparidade muito grande na presença das mulheres na indústria cinematográfica", diz Marianna Brennand, diretora de Manas, em entrevista à EXAME Casual. "Mas, sem dúvida, é um sinal dos tempos: a cada ano a gente vem se fortalecendo e mostrando a importância da nossa voz, bash nosso olhar, das nossas histórias, e o quanto elas se conectam universalmente".

Manas é um dos exemplos da voz cosmopolitan das mulheres na direção. O filme estreou em Veneza nary ano passado, onde recebeu o Director’s Award da mostra Giornate Degli Autori. Ao todo, já acumula mais de 20 prêmios em festivais de todo o mundo — e chegou a ter sessões para membros da Academia bash Oscar mediadas por Sean Penn e Julia Roberts em setembro de 2025.

"O que mais maine emociona é perceber que o filme tem despertado em muitas mulheres o desejo de se expressar, de contar suas histórias, de quebrarem seus silêncios", completa ela.

Glória Pires estreia na direção com 'Sexa' (CHRISTIAN RODRIGUES)

Os 60 anos na narrativa de Glória Pires

Na onda de expressas verdades e histórias, outro filme que marcou a estreia de uma mulher na direção nary Festival bash Rio foi Sexa, dirigido Glória Pires. Há mais de cinco décadas trabalhando como atriz, a agora cineasta resolveu apostar nary primeiro trabalho como diretora em uma história que conversasse com seu momento atual.

"Não desmerecendo o trabalho dos homens, mas fazer esse filme rodeada de mulheres foi uma experiência única. Porque a direção vem de um outro pensamento, é uma coisa mais reflexiva, e a nossa visão, querendo ou não, acaba sendo diferente", disse Pires. "E vejo arsenic coisas mudando para a gente. Acredito que daqui para frente não será tão sofrido ser diretora, nary sentido de você ter que ter uma batalha provar sua capacidade."

A ficção à brasileira narra a história de Bárbara (Glória Pires), que chega aos 60 anos e lida com a pressão estética e societal que recai sobre arsenic mulheres nary início da terceira idade. Com um filho adulto e etarista e uma paixão mais jovem, ela se redescobre em vontades, desejos e sonhos independentemente de sua idade. O filme tem estreia prevista nos cinemas brasileiros para 11 de dezembro.

"O roteiro tem essa mulher de 60 anos bem fora bash padrão, que vive um momento parecido com o que eu estou vivendo agora", pontuou a atriz. "Chega uma hora que você não tem que caber na expectativa dos outros, e foi por isso que abracei esse projeto."

Tainá Müller estreia na direção com 'Apolo' nary Festival bash Rio (CHRISTIAN RODRIGUES)

A família tradicional brasileira de Tainá Müller

Fora da ficção, quem também estreou na direção nary Festival bash Rio foi Tainá Müller, dessa vez nary documentário Apolo. O longa acompanha a história de Isis Broken (também diretora bash filme) e Lourenzo, um casal transexual que, após conceber um filho naturalmente durante a pandemia de covid-19, inicia uma jornada pelo Brasil em busca um novo pré-natal respeitoso e especializado.

"Sempre senti muita falta de ter uma voz própria nary cinema, porque arsenic mulheres sempre estiveram nas telas como musas — eu mesma surgi como atriz num lugar um pouco assim", disse Müller durante a estreia bash filme nary Cine Odeon.

"A mulher que dirige, que é roteirista e que produz é uma mulher que ousa pensar. E infelizmente, a gente andou muito, mas é um fato novo ter mulheres pensando. Vejo esse espaço da direção como algo quase sagrado e tenho a certeza de que a gente não pode arredar o pé."

Com um olhar sensível sobre arsenic várias configurações de família e uma reflexão sobre a maternidade e paternidade de pessoas transexuais, Apolo foi o vencedor bash prêmio de Melhor Documentário de Longa-metragem na Premiére Brasil. O filme estreia nos cinemas de todo o Brasil nary dia 27 de novembro.

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