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Justiça da Argentina anula julgamento de médicos acusados pela morte de Maradona

O julgamento estava suspenso desde semana passada, após mais de dois meses de audiências. A suspensão ocorreu após um escândalo envolvendo uma das juízas: as partes envolvidas questionarem a conduta da juíza Julieta Makintach, que supostamente participou de um documentário sobre a morte de Maradona. Leia mais abaixo.

A lista dos sete acusados inclui Leopoldo Luque, um médico clínico, uma psiquiatra, um psicólogo, além de uma médica coordenadora do plano de saúde, um coordenador de enfermeiros e um enfermeiro.

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Caso fossem considerados culpados, os réus poderão ser condenados a penas de oito a 25 anos de prisão. Uma oitava enfermeira estava sendo processada em um julgamento separado, e ainda não se sabe se seu caso também foi anulado. Todos os acusados alegaram inocência.

A juíza Julieta Makintach chegando para audiência nesta terça-feira (27) — Foto: TOMAS CUESTA / AFP

O pedido, que pode levar até à anulação do julgamento, também tem a ver com a suposta entrada de câmeras nas audiências, já que desde o segundo dia está proibido filmar dentro do tribunal.

Assim que a audiência começou nesta terça, a juíza Makintach, que chegou ao tribunal pela porta dos fundos para evitar a imprensa, pediu a palavra. Afirmou que não acredita que haja nada na denúncia feita contra ela da qual precise "se defender":

"Não vejo fatos, declarações, nada que eu precise explicar. Não há irregularidade, não há crime, não há má conduta. Estamos lidando com uma enorme operação midiática para me coagir e me manter fora deste debate. E, sabe de uma coisa, não vou me desculpar. Quero deixar claro que não vou recuar".

Nos dias seguintes à suspensão, trechos das gravações com a juíza vieram a público. Neles, Makintach se apresenta, caminha em frente à câmera e declara: "Não me imagino fazendo outra coisa (além de ser juíza)".

A magistrada, porém, nega que esses vídeos façam parte de um documentário. Ao falar no começo da audiência desta terça, ela afirmou que deu a entrevista para um amigo de infância e argumentou: "Aquele material era bruto; não foi divulgado".

O advogado Fernando Burlando, que representa as filhas de Maradona, falou com a imprensa ao chegar ao local e prometeu "surpresas". Também afirmou que pedirá o impedimento e o julgamento político de Makintach, o que pode inabilitá-la como juíza.

"Nós e a Promotoria vamos apresentar nossa opinião sobre a recusa da dra. Makintach. Vamos trazer elementos relacionados a evidências, vocês vão se surpreender", afirmou ele.

Os juízes do caso Maradona: Veronica Di Tommaso, Maximiliano Savarino e Julieta Makintach — Foto: REUTERS/Agustin Marcarian

Em entrevista à rádio Con Vos na sexta-feira (23), Burlando já havia feito duras críticas à juíza. Disse que ela "não atuou como juíza, mas como atriz" e que Makintach sempre ia ao julgamento "muito bem vestida".

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Se fossem considerados culpados, os réus poderão ser condenados a penas de oito a 25 anos de prisão. Uma oitava enfermeira será processada em um julgamento separado. Todos alegam inocência.

Leopoldo Luque, médico pessoal de Maradona, um dos acusados — Foto: REUTERS/Agustin Marcarian

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