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Largada das obras da Soli3 em Cruz Alta será com recursos próprios

Será com recursos próprios a largada da construção da usina de extração de óleo de soja da Soli3, em Cruz Alta. O investimento, estimado em R$ 1,25 bilhão, será bancado, inicialmente, pelas cooperativas Cotrisal, de Sarandi, Cotrijal, de Não-Me-Toque, e Cotripal, de Panambi, enquanto não são concluídas as negociações para a contratação de financiamento junto ao sistema financeiro. O anúncio oficial do empreendimento foi feito na manhã desta quarta-feira (28), durante café da manhã no Clube Arranca, no município sede da nova indústria.

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Será com recursos próprios a largada da construção da usina de extração de óleo de soja da Soli3, em Cruz Alta. O investimento, estimado em R$ 1,25 bilhão, será bancado, inicialmente, pelas cooperativas Cotrisal, de Sarandi, Cotrijal, de Não-Me-Toque, e Cotripal, de Panambi, enquanto não são concluídas as negociações para a contratação de financiamento junto ao sistema financeiro. O anúncio oficial do empreendimento foi feito na manhã desta quarta-feira (28), durante café da manhã no Clube Arranca, no município sede da nova indústria.

Conforme o presidente da Cotrisal, Walter Vontobel, que estará à frente do Conselho de Administração da Soli3 no primeiro ano de operação da indústria, cujo início é previsto para o final de 2027, os recursos serão aportados de forma igualitária pelas três cooperativas parceiras. Em 2029, a presidência do Conselho ficará com Germano Döwich, da Cotripal; e no ano seguinte com Nei Mânica, da Cotrijal.

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Sabemos que será preciso colocar uma participação importante, cujo montante ainda não está definido. Mas usaremos dinheiro próprio por um bom período”, contou o dirigente ao Jornal do Comércio.

A projeção de retorno do investimento é de 10 anos, considerando um faturamento anual de R$ 2,2 bilhões com o beneficiamento de 1,1 milhão de toneladas de biodiesel, farelo de soja, casca de soja peletizada e glicerina. De acordo com a central de cooperativas, o grupo tem condições de atender 40% da demanda de matéria-prima a ser processada na usina. 

A planta será erguida a partir de janeiro de 2026 em uma área de 138 hectares adquirida por cerca de R$ 15 milhões junto aos trilhos da Rumo Logística, maior operadora ferroviária do Brasil e da América Latina, especializada no transporte de commodities agrícolas. Serão 62 mil metros quadrados de área construída para abrigar a operação.

A Soli3 já abriu conversas com a Rumo e obteve sinalização positiva para a construção de um desvio que permita o ingresso e a saída dos vagões da companhia no terminal, para carregamento e transporte dos produtos obtidos na usina até o porto de Rio Grande. A iniciativa deve reduzir os custos com frete e também de armazenagem, a partir do beneficiamento e colocação dos produtos no mercado.

Escolhemos Cruz Alta para a construção da Usina porque toda a produção das três cooperativas envolvidas passa pela cidade no caminho para Rio Grande. E a presença do modal ferroviário era fundamental. Agora vamos desenvolver o projeto para a entrada dos trilhos no complexo”, acrescentou Vontobel.

Durante o evento, o governador Eduardo Leite destacou a importância da iniciativa para a transformação de produtos e a geração de riqueza interna. Segundo ele, a usina irá agrega valor à produção gaúcha e movimentar a economia.

"O Estado entra com seus programas de incentivo, como o programa à produção de biodiesel do RS. Assim o Estado vai consolidando a sua posição na produção de biocombustíveis", observou.

A aposta é em sustentabilidade e desenvolvimento econômico e social para a região onde o empreendimento será erguido. Para isso, a missão é garantir alta competitividade da empresa na produção de biodiesel e derivados de soja, partindo da intercooperação entre a Cotrijal, a Cotripal e a Cotrisal.

A intercooperação é tanto uma realidade quanto uma necessidade. Com a união de três cooperativas, podemos aumentar significativamente nosso volume de produção, adquirir insumos em maior escala e negociar melhores preços. Isso nos permitirá comercializar nossos produtos com maior valor agregado, contribuindo para o desenvolvimento regional. Esse passo inicial pode impulsionar a criação de um parque industrial, abrindo caminho para novas oportunidades de industrialização na cadeia produtiva”, explicou o presidente da Cotrijal, Nei Mânica.

A Soli3 terá gestão profissionalizada, para assegurar a maior eficiência na operação e o retorno financeiro esperado. Com o negócio, a perspectiva é de crescimento de faturamento e também das sobras distribuídas aos associados. Juntas, a Cotrisal, a Cotrijal e a Cotripal reúnem cerca de 40 mil famílias de associados, em uma área de atuação de 100 municípios do norte gaúcho, produzindo 50 milhões de sacas de soja.

Quando entrar em funcionamento, o complexo deve gerar 150 empregos diretos e outros 500 indiretos, beneficiando diversas cadeias produtivas e comerciais da região. As obras para construção da usina deverão mobilizar até 1 mil pessoas.

Estamos vivendo um momento histórico, em que a união com outras grandes cooperativas do RS nos permite agregar valor ao que é do nosso associado. A criação de uma Central é um passo firme e decisivo, que fortalece os nossos negócios, impulsiona a sustentabilidade e leva desenvolvimento para toda a nossa região”, reforçou Germano Döwich, da Cotripal.

  • A Produção da Soli3
    Biodiesel (600 toneladas/dia) para o mercado interno, grandes distribuidoras de combustíveis
    Glicerina (60 toneladas/dia) para o mercado interno e exportação
    Farelo de soja (2,2 mil toneladas/dia) – 60% para exportação e 40% para o mercado interno
    Casca de soja peletizada (180 toneladas/dia) – 100% para consumo nas próprias cooperativas
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