
A indicação do novo ministro para o STF é encarada por aliados de Lula como competência exclusiva do presidente da República e não deve estar sujeita a pressões externas. "O Congresso já abocanhou muitas prerrogativas do Executivo: a execução do orçamento, indicação para agências reguladoras. Se achar que além de tudo isso pode indicar ministro do STF, aí já é demais", diz um aliado próximo a Lula. O presidente já confidenciou a interlocutores no Planalto que o advogado-geral da União, Jorge Messias, é seu nome favorito para o posto. Ontem, em Roma, Lula disse que "indicar um ministro da Suprema Corte ou uma ministra é tarefa do presidente da República".
O petista tem lutado para não esvaziar ainda mais o poder presidencial, mesmo que ao custo de indisposição com o Congresso. Foi assim no episódio em que recorreu ao STF para manter o decreto do IOF depois do Parlamento aprovar um decreto legislativo derrubando o aumento das alíquotas. No PT, a leitura é que a escolha para ministro do Supremo não passa pelo cálculo de governabilidade.
Além da lealdade, fator crucial na escolha dos outros dois ministros do Supremo neste terceiro mandato — Cristiano Zanin e Flávio Dino —, outro ponto que conta a favor de Messias é o fato de não ter "perfil político", como é o caso de André Mendonça, Flávio Dino e Gilmar Mendes. "Meu sentimento é que vale a pena investir em um perfil diferente", nota este aliado.
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