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Lula reúne ministros para debater decisão da Meta e regulação das redes nesta sexta

A Meta, uma das Big Techs do Vale do Silício, na Califórnia, é dona, por exemplo, do Facebook, Instagram e WhatsApp.

A reunião de Lula com os ministros vai debater também o projeto de regulação das redes sociais, uma iniciativa considerada prioritária pelo governo.

Na agenda do presidente, a reunião está marcada para 10h. Está prevista a participação dos ministros Rui Costa (Casa Civil), Juscelino Filho (Comunicações), Manoel Carlos de Almeida (substituto do Ministério da Justiça) e do futuro ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, o publicitário Sidônio Palmeira. Essa será a primeira reunião de Sidônio com outros ministros.

Lula critica medidas anunciadas pela gigante de tecnologia Meta

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Nesta semana, a Meta anunciou que está encerrando o seu programa de verificação de fatos, começando pelos Estados Unidos.

A empresa vai adotar as chamadas "notas de comunidade", em que os próprios usuários fazem correções — um recurso similar ao implementado pelo X, de Elon Musk (leia as principais mudanças aqui).

Questionado sobre a decisão, Lula criticou as mudanças anunciadas pela empresa sobre o tratamento de conteúdos postados na plataforma, e afirmou que os países devem ter suas soberanias "resguardadas" (veja no vídeo acima).

"Nós queremos, na verdade, é que cada país tenha a sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, não pode dois cidadãos, não pode três cidadãos, acharem que podem ferir a soberania de uma nação", afirmou Lula.

Na fala, o presidente também defendeu uma regulamentação das redes que estabeleça regras e respeito à legislação semelhantes entre o contexto offline e o universo digital.

"Eu acho que é extremamente grave as pessoas quererem que a comunicação digital não tenha mesma responsabilidade de um cara que comete um crime na imprensa escrita", completou Lula.

A medida foi anunciada em vídeo postado no Instagram pelo CEO da empresa, Mark Zuckerberg. ElE afirmou que os verificadores "têm sido muito tendenciosos politicamente e destruíram mais confiança do que criaram".

Zuckerberg também assumiu que, com o fim da verificação por terceiros, "menos coisas ruins serão percebidas" pela plataforma. "Mas também vai cair a quantidade de posts e contas de pessoas inocentes que, acidentalmente, derrubamos."

Meta elimina checagem de fatos

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Além disso, o CEO da Meta afirmou, sem apresentar provas, que "tribunais secretos" da América Latina "ordenam remoção silenciosa de conteúdos" em redes sociais.

A fala foi interpretada por integrantes do governo Lula como uma indireta ao Supremo, que recentemente travou embates judiciais com o proprietário do X, Elon Musk.

Zuckerberg também fez elogios ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, indicando que pode se aliar ao político do partido Republicano, de direita.

O ministro condenou o que chamou de "bravatas de dirigentes irresponsáveis", e afirmou que a Corte e as demais instituições do país não pretendem permitir que as plataformas contribuam para disseminar conteúdos criminosos.

Vale lembrar que Moraes determinou a suspensão do acesso à rede social X no Brasil em em agosto de 2024, após a rede social do bilionário Elon Musk descumprir uma série de determinações judiciais brasileiras. Em outubro, a plataforma cumpriu as normas e voltou a operar no país.

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