Mais cedo, o jornal The New York Times revelou que o governo dos Estados Unidos havia autorizado ações da Agência Central de Inteligência (CIA) na Venezuela, incluindo "operações letais". Com isso, os alvos poderiam Maduro e integrantes do governo venezuelano.
Trump confirmou que tinha dado autorizações para missões na Venezuela, mas se recusou a responder uma pergunta sobre se os agentes de inteligência haviam recebido permissão para eliminar Maduro.
Em um discurso na noite desta quarta-feira, Maduro citou o tema indiretamente e afirmou que o povo venezuelano rechaça qualquer tentativa de intervenção na Venezuela.
O presidente venezuelano também criticou opositores que estão fora do país e que, segundo ele, estão convocando os Estados Unidos a atacarem a Venezuela.
"É uma covardia, não dar a cara e se esconder em Miami e chamar a bombardear ou atacar militarmente uma pátria de gente nobre que só trabalha vive em paz, como a Venezuela", disse.
Desde setembro, os Estados Unidos vêm bombardeando barcos que, segundo o governo, pertencem a organizações narcoterroristas envolvidas no transporte de drogas para o território norte-americano.
O bombardeio mais recente foi autorizado na terça-feira (14), quando militares atingiram um barco em águas internacionais próximas à costa da Venezuela. Seis pessoas morreram, segundo Trump.
"A inteligência confirmou que a embarcação estava traficando narcóticos, estava associada a redes ilícitas de narcoterrorismo e transitava por uma rota conhecida de organização terrorista", publicou o presidente em uma rede social.
Essas operações, no entanto, têm sido alvo de críticas de entidades internacionais. A Human Rights Watch afirmou que os bombardeios violam a lei internacional por se tratar de "execuções extrajudiciais ilegais".
O tema também foi discutido no Conselho de Segurança da ONU na sexta-feira (10), que levantou preocupações sobre a execução de civis sem julgamento, além da possibilidade de uma escalada militar na região.
Já o governo da Venezuela pediu para que a comunidade internacional investigue os ataques, afirmando que as vítimas — que os EUA alegam ser narcotraficantes — eram apenas pescadores.
Especialistas ouvidos pelo g1 afirmam que o aparato enviado pelos EUA ao sul do Caribe é incompatível com uma operação militar para combater o tráfico de drogas.
"Se você olhar o tipo de equipamento enviado para a Venezuela, não é um equipamento de prevenção ou de ação contra o tráfico, ou contra cartéis", aponta o cientista Carlos Gustavo Poggio, professor do Berea College, nos EUA.
Maurício Santoro, doutor em Ciência Política pelo IUPERJ e colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil, avalia que os EUA podem estar se preparando para uma intervenção militar na Venezuela.
“É uma situação muito semelhante àquela do Irã, alguns meses atrás. O volume de recursos militares que os Estados Unidos transferiram para o Oriente Médio naquela ocasião, e agora para o Caribe, são indicações de que eles estão falando sério”, disse.
Veja a seguir o que se sabe sobre a operação dos EUA:
- Pelo menos sete navios dos EUA foram enviados para o sul do Caribe, incluindo um esquadrão anfíbio, além de 4.500 militares e um submarino nuclear. Aviões espiões P-8 também sobrevoaram a região, em águas internacionais.
- A operação se apoia no argumento de que Maduro é líder do suposto Cartel de los Soles, classificado pelos EUA como organização terrorista.
- Os EUA consideram o presidente venezuelano um fugitivo da Justiça e oferecem recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão dele.
- A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, se recusou a comentar objetivos militares, mas disse que o governo Trump vai usar "toda a força" contra Maduro.
- O site Axios revelou que Trump pediu um "menu de opções" sobre a Venezuela. Autoridades ouvidas pela imprensa americana não descartam uma invasão no futuro.
- Trump vem se recusando a comentar se irá ordenar um ataque direto ao território venezuelano. Por outro lado, o presidente já autorizou que militares atirem contra caças da Venezuela que oferecerem risco à operação americana.
- Enquanto isso, Caracas vem mobilizando militares e milicianos para se defender de um possível ataque. Civis também estão sendo treinados.

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2 semanas atrás
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