Segundo o Pentágono, a missão do grupo de ataque USS Gerald Ford na região será "ampliar e fortalecer as capacidades existentes para interromper o tráfico de drogas e degradar e desmantelar" cartéis de drogas latino-americanos, com os quais o governo Trump diz estar em guerra. (Leia mais abaixo)
Os porta-aviões têm um fundamental poder estratégico e projetam muito poder por servir de base para jatos e controle do mar e do ar. O USS Gerald Ford, que encabeça uma nova geração de porta-aviões da Marinha dos EUA, é considerado o principal ativo americano para projeção de poder, dissuasão e controle do mar. Isso porque ele tem capacidade de abrigar até 90 caças de ataque. Leia mais sobre o porta-aviões aqui.
Segundo Brustolin, o poder de fogo do grupo de ataque USS Gerald Ford —que inclui também três destróieres e cinco esquadrões de jatos F-18 e helicópteros de ataque— é desproporcional com qualquer operação de combate ao narcotráfico, e dá dicas dos próximos passos que os EUA podem tomar.
Por isso, o envio desse aparato militar à região, que já conta com uma grande presença militar americana, é uma ameaça direta ao regime Maduro e um momento exponencial da possibilidade de ataques em solo venezuelano, que provavelmente virão na forma de bombardeios e operações terrestres pontuais, disse o professor ao g1.
"A presença do porta-aviões aumenta drasticamente a capacidade de fazer ataques de longa distância em alvos em terra e permite superar a defesa aérea da Venezuela, que é baseada no sistema S-300, vindo da Rússia", completou Brustolin.
A Venezuela tem a maior reserva de petróleo do mundo, estimada em cerca de 300 milhões de barris. Maduro denunciou que a presença militar americana perto da costa do país tem como objetivo provocar uma mudança de regime. Ele já fez apelos em inglês de "não à guerra maluca" e tentou negociar com o governo Trump, porém sem sucesso. Isso porque ele obterá acesso a esses recursos naturais venezuelanos com ou sem Maduro, segundo Vitelio Brustolin.
Envio de grupo de ataque dos EUA ao Caribe
Porta-aviões USS Gerald Ford, navio principal do grupo de ataque USS Gerald Ford da Marinha dos Estados Unidos. — Foto: Alyssa Joy/Marinha dos Estados Unidos
Segundo a Marinha dos EUA, o grupo de ataque USS Gerald Ford, destacado à região da América Latina, é composto pelas seguintes embarcações e aeronaves de ataque, além de veículos de monitoramento e suporte:
- Porta-aviões USS Gerald Ford;
- 3 destróieres: USS Mahan, USS Bainbridge e USS Winston Churchill;
- Três esquadrões de caças F-18;
- Dois esquadrões de helicópteros de ataque MH-60.
O USS Gerald Ford é o maior porta-aviões do mundo e também o mais moderno e tecnologicamente avançado dos EUA, segundo a Marinha americana. Incluído ao arsenal americano apenas em 2017 —considerado recente em termos da indústria militar—, o porta-aviões tem capacidade para abrigar até 90 caças e helicópteros, além de dispor de uma pista que serve para pousos e decolagens. (Veja na imagem acima)
O envio militar desta sexta, que ocorre em meio ao acirramento das tensões entre os governos Trump e Maduro, repercutiu na imprensa dos Estados Unidos, que chamou de uma "escalada expressiva" e "grande expansão" da campanha militar de pressão contra a Venezuela. Segundo a agência de notícias Reuters, houve um "drástico aumento" no número de tropas e aeronaves americanas na região da América Latina.
Conheça o USS Gerald Ford, maior porta-aviões do mundo e o mais avançado da Marinha dos Estados Unidos. — Foto: Gui Sousa/Arte g1
O USS Gerald Ford foi visto pela última na costa da Croácia na terça (21). Por conta disso, é possível que ainda demore alguns dias para que o porta-aviões chegue ao mar do Caribe. No dia 1°, o grupo de ataque estava passando pelo Estreito de Gibraltar, e no final de setembro estava na costa da Noruega fazendo exercícios militares.
Desde agosto, o governo Trump designou cartéis de drogas sul-americanos como organizações terroristas e ordenou operações militares contra eles sob a justificativa de parar o fluxo de drogas que entra nos EUA. Além disso, os EUA acusaram Maduro de chefiar o Cartel de Los Soles e dobraram a recompensa pela sua captura para US$ 50 milhões (cerca de R$ 269 milhões).
Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024. — Foto: AFP/Jim Watson
Na quinta-feira (23), o ministro da Defesa da Venezuela afirmou que agentes da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês) já estão no país. A declaração foi dada após o presidente Donald Trump autorizar ações de Inteligência contra alvos ligados ao chavismo.

Venezuela mobiliza militares contra possível invasão dos Estados Unidos
Na semana passada, o jornal The New York Times afirmou que as ações autorizadas pela CIA por Trump podem incluir “operações letais” e outras iniciativas da inteligência americana no Caribe. Com isso, os alvos poderiam ser Maduro e integrantes do governo venezuelano.
Trump disse que autorizou operações secretas porque a Venezuela tem enviado drogas e criminosos para os Estados Unidos. No dia 15 de outubro, ao ser perguntado se agentes de inteligência teriam autoridade para eliminar o presidente venezuelano, ele preferiu não responder.
Desde o mês passado, segundo a imprensa americana, o governo Trump avalia uma operação militar que pode incluir ataques à Venezuela. Estruturas ligadas a cartéis de drogas estariam entre os possíveis alvos. Autoridades dizem que o objetivo final seria tirar Maduro do poder.
- Os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles, grupo classificado recentemente pelo governo Trump como organização terrorista internacional.
- Neste contexto, o governo americano pode considerar o presidente da Venezuela um alvo legítimo ao anunciar ataques contra cartéis.
Nesta quinta-feira (23), Trump afirmou que os Estados Unidos devem realizar ações militares em terra contra cartéis. Ele não citou diretamente a Venezuela. Ele disse ainda que não precisará pedir ao Congresso uma declaração de guerra.
Já o secretário de Guerra, Pete Hegseth, afirmou que os militares americanos irão caçar e matar todos os “terroristas” que traficam drogas para os Estados Unidos.
"Estas são organizações terroristas estrangeiras designadas. São o Estado Islâmico e a Al-Qaeda do Hemisfério Ocidental. Nossa mensagem para essas organizações terroristas estrangeiras é: trataremos vocês como tratamos a Al-Qaeda."

Depois de atacar barcos no Caribe e Pacífico, EUA anunciam ações terrestres

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