A invasão ocorreu após a universidade começar a suspender estudantes que desafiaram o prazo de um "ultimato" dado pela direção de Columbia na segunda (29) e permaneceram acampados na praça principal do campus. Essa medida ocorreu por conta do fracasso das negociações entre a diretoria e a liderança do protesto pela desmobilização do protesto.
Autoridades dos EUA disseram nesta terça que mais de 1.000 pessoas, entre estudantes, professores e pessoas que se uniram aos atos já foram presas durante os protestos em todo o país, que começaram a respingar na corrida eleitoral para a Casa Branca deste ano. (Leia mais abaixo)
Os manifestantes entraram no prédio acadêmico de Hamilton Hall, quebrando janelas e portas. Imagens registradas pela imprensa no local mostram os invasores transportando cadeiras pelas escadas do prédio histórico (veja foto acima).
Até a última atualização desta reportagem, o grupo seguia dentro do prédio.
Manifestantes entram em prédio da Universidade de Columbia, em Nova York. — Foto: Reuters
Após dar um ultimato para que os alunos deixassem o acampamento montado no campus, a direção começou a suspender os estudantes que decidiram seguir no local.
O vice-presidente do Escritório de Assuntos Públicos de Columbia, Ben Chang, não disse quantas pessoas seriam suspensas, mas afirmou que esses alunos não poderão frequentar aulas ou se graduar.
Os manifestantes em Columbia prometeram manter o acampamento até que a universidade atenda a três demandas: retirada de qualquer tipo de investimento no governo de Israel, transparência nas finanças da faculdade e anistia para estudantes e professores punidos por sua participação nos protestos.
Alunos ocupam prédios da Universidade Columbia
Desde o dia 18 de abril, manifestações pró-Palestina tomaram diversos campi dos Estados Unidos, que, desde então, vivem dias de tensão.
Os manifestantes -- estudantes e parte dos professores -- pedem que as instituições rompam laços financeiros com Israel, um aliado-chave dos Estados Unidos. Eles consideram a relação com o país insustentável após a campanha militar israelense na Faixa de Gaza, que já deixou 34 mil mortos desde outubro, segundo o governo, controlado pelo Hamas.
As manifestações já devem respingar na corrida para as eleições presidenciais do país, que ocorrem em novembro deste ano, principalmente na campanha do atual presidente, Joe Biden, que apoiou fortemente Israel no início da guerra.
Manifestantes pró-palestina na Universidade de Columbia. — Foto: Alex Kent/Getty Images via AFP
Estudantes pró-Palestina entram em prédio da Universidade de Columbia
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