Uma estrada serpenteia a entrada de uma mansão com vista para o mar, entre o gramado bem cuidado e uma piscina de azulejos: o luxo da residência de verão do presidente sírio deposto, Bashar al-Assad, em Latakia, principal porto do país no Mediterrâneo, vem gerando revolta.
Mudar foi uma das pessoas que visitou o local neste domingo (15) "para ver com os próprios olhos" como o ditador vivia "quando as pessoas nem sequer tinham energia elétrica", afirmou diante das janelas da enorme sala de mármore branco.
A mansão, que está sendo vigiada por alguns combatentes rebeldes, é uma das três residências de Assad na região. Os moradores de Latakia demonstram choque e raiva diante de tamanho luxo.
Residência de verão de Bashar Al-Assad foi saqueada e destruída pela população — Foto: Ozan KOSE / AFP
A casa foi completamente saqueada, mas o tamanho dos quartos e o mosaico antigo que adorna a entrada atestam sua opulência. Noura, 37 anos, diz que vivia com a família nestas terras:
"Nunca se sabe se eles voltarão", disse Nemer, 45 anos, que estacionou suam moto diante de uma residência luxuosa no distrito de Al Zeraaha: a casa de Munzer al-Assad, primo de Bashar que liderou uma milícia mafiosa conhecida por seus abusos e tráfico com seu irmão Fawaz, que morreu em 2015.
A casa teve os dois andares saqueados. Nada resistiu à fúria da população: fotos de família quebradas, retratos pisoteados, candelabros quebrados, móveis roubados.
Apenas um carro, destruído pela população, segue exposto em concessionária que pertencia à família Al-Assad — Foto: Ozan KOSE / AFP
Na concessionária "Syria Car", do filho de Munzer, Hafez, resta apenas um automóvel exposto na vitrine quebrada: como não conseguiram retirá-lo, a multidão destruiu o carro.
Hassan Anouar tem outros planos. O advogado de 51 anos inspeciona as instalações e carrega todos os documentos que podem ser utilizados em processos: Hafez era conhecido por confiscar ou comprar os carros que cobiçava muito abaixo do preço, em detrimento de seus proprietários, explica Anouar.
A "Syria Car" era um grande local de lavagem de dinheiro sujo que mascarava o tráfico da família, diz o advogado.
Saco com pílulas de droga sintética encontrada escondida perto de concessionária da família de Bashar Al-Assad — Foto: Ozan KOSE / AFP
Anouar afirma que a droga era exportada de Latakia com etiquetas de roupas 'Made in China'.
No porão de um prédio, o policial Hilal encontrou balanças novas, ainda nas caixas, "para pesar as drogas", conta, e caixas de pipetas de vidro, tubos de ensaio e tubos que, segundo ele, foram usados para produzir comprimidos de metanfetamina.

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10 meses atrás
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