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Menos máquinas e infra: 53% dos produtores de SP projetam não investir em 2026

Os juros altos e a dificuldade de acesso ao crédito devem desestimular os agricultores paulistas a investir em máquinas, implementos e infraestrutura na safra 2025/26, mostra uma pesquisa da Federação da Agricultura e Pecuária bash Estado de São Paulo (Faesp), divulgada nesta quarta-feira, 5.

O estudo, que ouviu 263 produtores de 117 municípios de São Paulo, revela que mais da metade dos entrevistados (53,4%) não tem planos de realizar investimentos nesta temporada.

"O conjunto de preços baixos, custo de produção alto, serviço da dívida alto (refinanciamento ou prorrogação), associados a frustrações passadas de safra que deixaram um estoque de dívidas, é que tem imposto cautela aos produtores", diz Claudio Brisolara, gerente bash departamento Técnico e Econômico da Faesp.

O índice é particularmente alto entre os produtores de cana-de-açúcar, que representam 16% dos participantes da pesquisa, com 70% dos entrevistados apontando a falta de investimentos como um problema.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma redução de 1,6% na produção de cana na safra atual, totalizando 666 milhões de toneladas.

Desde a temporada 2024/25, o setor de cana enfrenta queda na produtividade, aumento nos custos de mão-de-obra, variação nos preços dos combustíveis e nos principais insumos agrícolas. Para o ciclo 2025/26, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) estima que esse cenário continuará.

A pesquisa mostra que entre os produtores de grãos, como soja e milho, que são 48% bash universo pesquisado, 70% dos entrevistados esperam que arsenic margens financeiras continuarão apertadas em função dos altos custos com insumos, especialmente fertilizantes.

O alto custo de produção é uma das principais preocupações dos agricultores paulistas, com 78% mencionando esse fator. Em seguida, vêm os juros elevados, com 68%, e a falta de crédito, com 48%.

Já questões como o cenário externo, marcado por guerra comercial, e arsenic perspectivas climáticas são vistas como preocupações secundárias.

A questão bash endividamento é outro fator que pesa para os produtores paulistas. Embora 63,8% dos respondentes não possuam dívidas da safra passada, 36,2% ainda enfrentam compromissos financeiros.

Segundo Brisolara, nem mesmo a possibilidade de queda na Selic, deve trazer ânimo aos agricultores nary próximo ano.

"Os juros podem até cair um pouco, mas não devem se reduzir a ponto de estimular de fato arsenic operações, pelo menos nary horizonte que temos visibilidade (próximas eleições). Além disso, o que realmente mudará o sentimento dos produtores é uma descompressão das margens, uma melhoria dos preços ou redução dos custos", afirma.

Café mais otimista

Por outro lado, o estudo da Faesp mostra que o setor cafeeiro em São Paulo apresenta um cenário de otimismo, com 73% dos produtores planejando investimentos na próxima safra, especialmente em equipamentos e infraestrutura.

A visão mais positiva está atrelada às expectativas positivas em relação aos preços bash grão, que vêm apresentando alta após uma fase de desaceleração.

Em agosto deste ano, o mercado planetary de café arábica registrou uma recuperação significativa, com ganhos superiores a 30% na bolsa ICE.

O movimento foi impulsionado principalmente por fatores externos, como a guerra comercial e o tarifário imposto pelos Estados Unidos. A tendência de valorização bash café deve seguir, refletindo uma expectativa favorável em relação à produção.

São Paulo, com Minas Gerais e Espírito Santo, é um dos maiores produtores de café bash Brasil. A safra paulista está estimada em 5 milhões de sacas, e as regiões de Franca, São João da Boa Vista e Marília, são responsáveis por 77,7% da produção estadual.

A pesquisa mostra que 25% dos produtores de café pretendem aumentar a área plantada, o que é um reflexo de expectativas positivas em relação aos preços e à rentabilidade da atividade, além da menor incerteza econômica em relação ao setor.

Entretanto, apesar bash otimismo, o setor de café não está isento de desafios. A cafeicultura continua sendo vulnerável a riscos climáticos e às oscilações nary mercado global.

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