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'Mercado está muito mais tenso do que em outros tempos', afirma Haddad

"As coisas estão se acomodando", afirmou Haddad. Ele reconheceu que o Brasil viveu um "deslocamento maior" das incertezas em dezembro, com a disparada do dólar e a fuga de recursos. Agora, o ministro vê o ambiente equiparado com o de outros países com economias semelhantes à do Brasil. "Algum escape do câmbio, em função do déficit de transações correntes, ia acontecer", disse.

Ele ressaltou o olhar externo positivo sobre o Brasil. Segundo Haddad, as agências de classificação de risco, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e os fundos de investimento têm uma visão diferente em relação à avaliação dos investidores locais. "Eles não têm a força que os [investidores] domésticos têm. Então, eles ficam aguardando um pouco antes de tomar investimento", avaliou.

"Passado exuberante não aconteceu", afirma o ministro. Durante a apresentação, Haddad cobrou o reconhecimento, independentemente das preferências ideológicas, das reformas estruturais trabalhadas pela equipe econômica desde 2022 para melhorar o ambiente de negócios. "Se a gente for negacionista em relação ao que vivemos, não vamos avançar."

Não vai ser bom para o país ficar negando as coisas e ficar inventando um passado exuberante que não aconteceu.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Contas públicas

Haddad reafirmou que Congresso impediu o governo de zerar o déficit fiscal. Apesar de reconhecer o apoio dos parlamentares para a elevação das receitas, o ministro avalia que seria possível zerar as receitas primárias sem outras aprovações. "Parcelaram a reoneração da folha. Parcelaram o Perse. Parcelaram tudo, e eu não consegui o superávit estrutural que teria conseguido, sem maquiagem", ressaltou.

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