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Mina no Brawl Stars: conheça a origem da Brawler inspirada em Rayssa Leal

O Brawl Stars anunciou em setembro deste ano a chegada da skatista Rayssa Leal, dona de duas medalhas olímpicas e tricampeã mundial de street, como embaixadora do MOBA de sucesso em dispositivos mobile da Supercell. A parceria com a atleta foi responsável também pela adição de Mina, primeira personagem inspirada na cultura brasileira a chegar ao título. Para comemorar, a empresa finlandesa decidiu sediar o Last Chance Qualifier, qualificatória final do Mundial de Brawl Stars, durante a Brasil Game Show (BGS) 2025, em São Paulo, com o maior estande da história do evento.

Neste cenário, o TechTudo foi convidado para entrevistar Frank Keienburg, General Manager de Brawl Stars, e questionou sobre a adição da personagem brasileira ao catálogo do game, além dos próximos passos envolvendo campeonatos profissionais. Nas próximas linhas, confira, ainda, mais detalhes sobre Mina.

Conheça Mina, nova Brawler brasileira

Mina é uma destruidora mítica cujo ataque principal é o Combo de Capoeira com sua sandália e o pandeiro, que até emite som quando ela dança. Cada ataque vem acompanhado por uma investida curta. Já o seu Super, chamado Furacão 3000, cria um ciclone poderoso de longo alcance que dá dano pesado e arremessa os inimigos para o alto, imobilizando-os por 0,5s.

Descrita como confiante, durona e muito habilidosa, Mina estreou no final de setembro em Brawl Stars, com visual e movimentos inspirados na cultura brasileira. Seus golpes mesclam capoeira e hip‑hop em um breakdance ágil, com giros e batidas que desestabilizam o adversário. O resultado é um espetáculo tão radical quanto as manobras de skate da Fadinha.

Para Frank Keienburg, Raissa Leal e Brawl Stars é um match quase perfeito, e por isso a parceria soou como algo natural. "Raissa é basicamente o nosso público-alvo. Ela é jovem, e tem toda essa pegada com a comunidade do skate, criatividade, o estilo das roupas. Nós amamos também a cena do grafite. Tudo combina com a vibe do Brawl Stars.

"Costumamos pegar referências para personagens do mundo todo. Desde o início, tivemos El Primo, depois Poco e Amber para completar o trio. Posteriormente, adicionamos Brawlers claramente inspirados no Japão. E com Mina não foi diferente, decidimos ir com o Brasil", adicionou o desenvolvedor alemão.

"Fico muito feliz por ser a primeira brasileira convidada para uma parceria com a Supercell", celebrou Rayssa Leal no anúncio. "Brawl Stars é um jogo muito divertido e agora ficou ainda mais especial com a chegada da Mina, uma personagem com o jeitinho brasileiro". A nova Brawler também veste a camisa 10 verde-amarela, em homenagem à Marta, rainha do futebol e outra lenda do esporte mundial. Assista no vídeo abaixo:

Rayssa não foi a única esportista homenageada pela Supercell

Frank afirma que a Supercell costuma analisar os interesses do público em outras áreas, para assim atingir a maior divulgação possível do game. Por isso, esportes populares, como skate e futebol, sempre estão na mira dos desenvolvedores. "Algo que aparece em todos os nossos jogos é o amor pelo esporte. Esse é sempre o ponto de partida", disse o manager. Assim, nasceu o "Rei Bárbaro", personagem de Clash of Clans inspirado no jogador norueguês de futebol Erling Haaland.

Vale destacar, contudo, que se, no caso de Rayssa, a empresa finlandesa foi atrás da parceria, com o futebolista o movimento foi inverso. "Foi ele quem nos procurou. Ele joga Clash há muito tempo e disse: 'Ei, quero trabalhar com vocês'. Isso é algo que já aconteceu antes com outros títulos nossos também. E, quando vi o Haaland dentro do jogo, pensei: 'Cara, ele nasceu para estar ali'. O personagem combinava perfeitamente com ele. Foi uma parceria que fez todo o sentido", continuou Frank Keienburg.

O futebol, especialmente o brasileiro, também já esteve na mira de Brawl Stars, quando o game fez uma parceria com o Gabigol, ex-flamengo e atual jogador do Cruzeiro, em divulgação do título no Brasil. Questionado sobre a possibilidade de outros brasileiros chegarem ao game, Frank garantiu: "Provavelmente sim. Mas, no momento, não tenho nada sobre o que eu possa falar, embora seja bem provável, sim", finalizou.

Supercell ocupou maior estande da história da BGS com campeonato de e-sports

A Supercell trouxe um palco com mais de 5.000 m² para a Brasil Game Show, onde sediou a Brawl Stars Last Chance Qualifier (LCQ), etapa decisiva que definiu as últimas quatro vagas para o World Finals, principal torneio global do jogo. Eu, jornalista que escreve esta matéria, estive presencialmente no evento, e posso dizer que estava lotado, principalmente quando equipes brasileiras entraram no stage. Frank me concedeu a entrevista no backstage do campeonato, e pude perceber a alegria dele sobre os fãs brasileiros.

“Quando lançamos o jogo, outras empresas já tentavam fazer jogos voltados para e-sports. Eu sempre quis criar um jogo competitivo, mas não acredito que seja possível planejar um e-sport. Você pode tentar, mas o público é quem decide. Então começamos de forma modesta, com pequenos torneios, para ver se as pessoas realmente gostavam de assistir partidas competitivas. Com o tempo, ficou claro que elas adoravam. E aí o e-sports simplesmente aconteceu", afirmou o desenvolvedor.

Mesmo com todo o sucesso, a Supercell quer se manter no mundo mobile, pelo menos por enquanto: “A cada ano discutimos se é hora de levar o jogo para outras plataformas — como consoles — e, até agora, a resposta sempre foi não. Queremos manter o foco total no mobile. Pode ser que no futuro isso mude, mas por enquanto, o mais importante é continuar aprimorando a experiência mobile", finalizou o manager.

*O jornalista Victor Bastos esteve na BGS 2025 a convite da Razer Brasil

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