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O ministério da Agricultura espera confirmar esta quinta-feira (22) como “marco zero” para o início da contagem dos 28 dias definidos nos protocolos internacionais para assegurar a eliminação do vírus H5N1 da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade num raio de 10 quilômetros da granja de Montenegro onde foi detectada a doença. A projeção foi feita na terça pelo ministro Carlos Fávaro, durante encontro com o governador Eduardo Leite, em Brasília, para tratar do enfrentamento da situação de emergência no município.
A expectativa inicial era iniciar o prazo nesta quarta, mas os trabalhos para a desinfecção completa da granja ainda estão em andamento. A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Rosane Collares, explicou que o processo no local é muito minucioso, porque o local tem estrutura automatizada, o que dificulta e exige cuidados especiais.
“A gente precisa garantir que os 28 dias de observação ocorram sem novos focos. Por isso, estamos reforçando as ações para que tudo esteja perfeitamente seguro”, afirmou Fávaro.
Esse período corresponde a duas vezes o tempo de incubação do vírus.
O ministro destacou a eficiência da atuação conjunta entre os governos federal, estadual e municipal no enfrentamento à crise sanitária que travou as exportações de produtos avícolas desde o dia 16. Em viagem de retorno da China, o secretário de Comércio Relações Internacionais do ministério, Luis Rua, disse ao Jornal do Comércio que a pasta está trabalhando para antecipar o fim do embargo daquele país aos embarques brasileiros.
EMBARGO AO FRANGO
- Até agora, 20 países e blocos suspenderam as compras de todo o Brasil: China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, África do Sul, União Euroasiática, Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Sri Lanka, Paquistão, Filipinas e Jordânia.
- Já para o Rio Grande do Sul, as exportações estão barradas por Reino Unido, Bahrein, Cuba, Macedônia, Montenegro, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão e Ucrânia.
- A suspensão somente para o município de Montenegro foi determinada pelo Japão e a Arábia Saudita.
Essa condição vale pelo menos até que o Brasil se autodeclare livre da doença perante a Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa), que a entidade reconheça esse status e essas nações formalizem o fim dos embargos.
“A parceria com o Estado do Rio Grande do Sul e a Secretaria de Agricultura tem sido fundamental. A atuação tripartite mostra a robustez do sistema sanitário brasileiro e está permitindo que o bloqueio seja eficiente, impedindo a disseminação do vírus”, complementou o ministro.
No encontro, do qual participaram também os secretários Artur Lemos, da Casa Civil, e Edivilson Brum, da Agricultura, Leite reforçou a importância do trabalho conjunto e elogiou a dedicação das equipes técnicas envolvidas.
“Estamos muito tranquilos com os encaminhamentos. O trabalho está sendo feito com responsabilidade, e isso mostra o compromisso do sistema de defesa sanitária brasileiro e gaúcho”, disse o governador, acrescentando que o caso será um exemplo positivo da seriedade com que o Brasil trata a sanidade animal.
Além do caso confirmado em Montenegro, outros oito suspeitos estão sob investigação do Ministério da Agricultura no país. Nesta quarta-feira, o painel de monitoramento do governo federal incluiu uma ocorrência em uma galinha doméstica em uma propriedade de subsistência no município de Gaurama, no norte gaúcho. Na véspera, uma ave silvestre com sintomas compatíveis foi identificada em Derrubadas, no noroeste do Estado. Esses dois casos se juntam ao de uma ave em criatório de subsistência em Triunfo, na região metropolitana de Porto Alegre.
Renegociação das dívidas agrícolas também foi tema da reunião
Outro tema importante da reunião foi a situação dos produtores rurais do estado. Com mais um ciclo de estiagem e perdas na safra – somente na soja foram 27,4% de quebra na comparação com a colheita anterior e 38,8% em relação ao volume inicialmente projetado –, totalizando 13,2 milhões de toneladas, de acordo com a Emater-RS.
Fávaro afirmou que o governo federal reconhece a necessidade de prorrogar as dívidas dos agricultores gaúchos e trabalhará em uma proposta mais estruturada para dar fôlego ao setor.
“A prorrogação é um consenso entre os ministérios da Agricultura e Pecuária, da Fazenda e do Planejamento e Orçamento. Mas queremos ir além, construir uma solução que dê condições reais de investimento aos produtores, considerando as boas práticas, irrigação e manejo de solo”, explicou o ministro.
A proposta será construída com as equipes técnicas dos governos federal e estadual e das entidades representativas do setor. A ideia é apresentar uma solução que permita alongar os prazos das dívidas, considerando as particularidades dos produtores e da atividade agropecuária no Estado.
Leite destacou a disposição do governo, mas reforçou que os produtores gaúchos precisam desse apoio para poder seguir na atividade.
“O produtor quer trabalhar, quer fazer a sua parte, mas as adversidades climáticas dos últimos anos no Rio Grande do Sul exigem do poder público uma atuação à altura. Vejo disposição do governo federal em construir soluções, e é isso que estamos buscando: garantir a prorrogação das dívidas, mas, mais do que isso, construir um caminho definitivo, com segurança jurídica, técnica e financeira, para que nossos produtores possam seguir produzindo e gerando riqueza para o país”.

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