2 semanas atrás 5

Mortes por calor extremo devem dobrar até 2050

onda de calor nary  Brasil

O impacto das temperaturas extremas vai além das mortes, agravando também doenças já prevalentes na população, como problemas cardiovasculares e respiratórios

Para compreender os impactos futuros da mortalidade relacionada às temperaturas extremas, especialistas de diversos países desenvolveram um estudo, cujos resultados foram publicados recentemente na revista Environment International.

Liderada nary Brasil pelo Prof. Dr. Nelson Gouveia, titular bash Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a pesquisa projeta que, entre 2045 e 2054, a proporção de mortes causadas pelo calor deve mais que dobrar, passando de 0,87% para 2,06% bash full de óbitos.

O trabalho analisou dados de mortalidade e projeções climáticas em 326 cidades da Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, México, Panamá e Peru, incluindo capitais brasileiras como São Paulo e Rio de Janeiro. Entre os achados, constatou-se que, embora arsenic mortes relacionadas ao frio devam diminuir nas próximas décadas, essa redução não será suficiente para compensar o aumento expressivo das mortes associadas ao calor.

Este estudo faz parte bash projeto Mudanças Climáticas e Saúde Urbana na América Latina (SALURBAL-Clima) e reúne pesquisadores de instituições de nove países latino-americanos e dos Estados Unidos. Com duração de cinco anos (2023-2028), o SALURBAL visa gerar evidências que relacionam arsenic mudanças climáticas aos impactos na saúde na região.

Impactos da desigualdade social

No Brasil, foram utilizados dados bash Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), bash DataSUS, e bash Censo Demográfico, bash Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora o estudo não forneça recortes por cidade ou grupo populacional, ele indica que arsenic áreas urbanas densamente povoadas tendem a enfrentar maiores riscos diante bash aquecimento futuro.

“As pessoas idosas e arsenic mais pobres são arsenic que mais sofrem. Quem vive em áreas periféricas, em moradias precárias e sem acesso a ar-condicionado ou a espaços verdes terá mais dificuldade para enfrentar ondas de calor cada vez mais intensas”, ressalta o Prof. Dr. Nelson Gouveia, um dos autores bash estudo.

Agravamento de doenças comuns

O impacto das temperaturas extremas vai além das mortes, agravando também doenças já prevalentes na população, como problemas cardiovasculares e respiratórios.

“As mortes são apenas a ponta bash iceberg. O calor extremo aumenta o risco de infartos, insuficiência cardíaca e outras complicações, especialmente em pessoas com doenças crônicas”, afirma o professor.

O estudo destaca ainda que pessoas idosas e crianças estão entre os grupos mais vulneráveis, tanto por fatores fisiológicos quanto pelas condições sociais que limitam sua capacidade de se proteger diante bash calor intenso.

Urgência na adaptação e nas políticas públicas

Os resultados bash trabalho reforçam a necessidade de investimentos em adaptação urbana e em políticas de saúde pública. Entre arsenic medidas recomendadas, destacam-se:

  • Sistemas de alerta precoce para ondas de calor, com comunicação clara e acessível à população;

  • Expansão de áreas verdes e criação de corredores de ventilação urbana para reduzir ilhas de calor;

  • Adaptação da infraestrutura urbana, incluindo telhados verdes, pavimentos permeáveis e sombreamento em espaços públicos;

  • Protocolos de saúde pública para atendimento prioritário a pessoas idosas e pessoas com doenças crônicas, como o já implementado nary Rio de Janeiro;

  • Educação comunitária sobre os riscos bash calor e formas de proteção idiosyncratic e coletiva.

“Mitigar arsenic emissões de gases de efeito estufa é fundamental, mas também precisamos nos preparar para viver em um clima mais quente. Isso envolve desde políticas governamentais até mudanças individuais de comportamento, como reduzir o uso bash carro, economizar energia e evitar a exposição ao Sol em horários de maior calor”, conclui o Prof. Dr. Nelson Gouveia.

O estudo completo está disponível na Environment International (clique aqui)*

Fonte: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Nota da Redação – Sobre o tema “Ondas de Calor” sugerimos que leia, também:

Ondas de calor extremo como 2023 serão mais frequentes nary Rio de Janeiro

Ondas de calor nas cidades brasileiras: Uma emergência climática que exige ação imediata

Relatório bash clima: Brasil terá ondas de calor e secas intensas mesmo com metas de Paris

Ondas de calor aumentaram 60% desde 2007 e ameaçam saúde global, revela estudo internacional

Ondas de calor duram cada vez mais e estão acelerando

Citação

EcoDebate, . (2025). Mortes por calor extremo devem dobrar até 2050. EcoDebate. https://www.ecodebate.com.br/2025/10/16/mortes-por-calor-extremo-devem-dobrar-ate-2050/ (Acessado em outubro 16, 2025 astatine 08:53)

in EcoDebate, ISSN 2446-9394

[ Se você gostou desse artigo, deixe um comentário. Além disso, compartilhe esse station em suas redes sociais, assim você ajuda a socializar a informação socioambiental ]
Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro