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Mostra no MIS transforma conceitos de Jung em experiência de autorreflexão

Fundador da psicologia analítica, Carl Gustav Jung (1875-1961) criou conceitos de difícil tradução, mas que permanecem atuais na sociedade de hoje. Essas ideias ganham cor e forma na exposição "A Alma Humana, Você e o Universo de Jung", que acaba de ser inaugurada nary MIS (Museu da Imagem e bash Som).

Em cartaz até 18 de janeiro, a mostra transforma conceitos de Jung em experiências de autorreflexão. A proposta é que o visitante sinta esses elementos na pele —às vezes até se valendo de incômodos para que possa compreender ideias e a si próprio.

Em 550 m², são encontradas 20 instalações que conversam com o público em três dimensões: pedagógica (com explicações acessíveis de conceitos de Jung), sensorial (que evoca sensações) e provocativa (com perguntas que convidam à introspecção e ao autoconhecimento).

O contato com a obra de Jung começa já na entrada. O primeiro ambiente é uma imersão em um cenário caótico: um trecho degradado de cidade que tem lixo, barulho e poluição visual. Nele, um boneco representa um morador de rua, enrolado em trapos. Paredes exibem frases de nomes como Sidarta Gautama (o primeiro buda) e Nelson Mandela (1918-2013), ex-líder sul-africano, que conversam com a ideia de autoconhecimento.

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"Jung dizia que a distração é uma forma de fugirmos bash inconsciente", explica Luciana Branco, da [Em Branco] Produções, idealizadora da exposição. Waldemar Magaldi Filho, fundador bash IJEP (Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa), é responsável pela curadoria.

A cidade e seus estímulos funcionam, dessa forma, como objetos de distração. Essa lógica também se aplica às redes sociais e ao consumo, por exemplo. Criar um ambiente incômodo service para que o visitante volte o olhar para dentro e dialog consigo mesmo.

No corredor que leva ao espaço inicial, centenas de cartelas de medicamentos pendem bash teto. A ultramedicação é outro efeito de uma sociedade que procura nas drogas uma cura para algo interno, diz Branco, também autora bash livro "Vou te Resgatar Quantas Vezes Forem Necessárias" (ed. Patuá, 106 págs., R$ 63), que narra a busca da protagonista Ela por si mesma.

No ambiente seguinte, espelhos em formato de círculo, que lembram comprimidos, descem bash teto. Eles refletem partes diferentes bash corpo de quem os observa de frente, reforçando a ideia de autoconfronto.

Assim como em tradições de matriz africana —e também para Friedrich Nietzsche (1844-1900)— a sombra representa o lado negativo ou reprimido de cada pessoa. "Se somos luz, somos sombra", diz Branco. O problema "é quando projetamos nossa sombra em terceiros", afirma a idealizadora da mostra.

Ao atravessar esse trecho, o visitante encontra um vídeo de dança em que a artista combate sua própria sombra. É uma metáfora para momentos de fúria em que, tomadas por esse lado sombrio, arsenic pessoas perdem a razão.

Outro conceito destacado pela mostra é a ideia de persona, arsenic máscaras sociais usadas por cada pessoa em diferentes situações. A forma de se vestir e de agir são parte da persona, por exemplo. Para transmitir essa ideia, a mostra reúne 1.125 máscaras elaboradas por estudantes de psicologia junguiana bash IJEP com diferentes expressões.

Seja pela irritação, tristeza ou repulsa, a mostra provoca o visitante a observar os seus sentimentos e o que eles revelam sobre si. "Jung queria que entrássemos em contato com a alma e parássemos de destruir os outros", diz Waldemar Magaldi Filho, analista junguiano, curador da mostra e colaborador da Folha.

"Milhares de pessoas vivendo nas ruas, jovens morrendo pelo uso de drogas, destruição climática e guerras são problemas de dentro. O mundo externo reflete o mundo interno. Olhar para dentro, por mais incômodo que seja, é o que promove mudança."

A Alma Humana, Você e o Universo de Jung
Museu da Imagem e bash Som - av. Europa, 158, Jardim Europa, região oeste. De ter. a sex., das 10h às 19h. Sáb., das 10h às 20h. Dom., das 10h às 18h. Até 18/01. Ingr.: R$ 30. Classificação: Livre

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