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Mulher de estudante palestino preso por governo Trump, grávida de 8 meses, fala pela 1ª vez e implora por libertação

Grávida de oito meses, a mulher, que é cidadã americana e não teve a identidade revelada pelos advogados de defesa dele, implorou pela libertação de Khalil e disse que quer ele ao lado no momento de seu parto.

"Peço que vejam Mahmoud através dos meus olhos, como um marido amoroso e o futuro pai do nosso bebê. Preciso da sua ajuda para trazer Mahmoud para casa, para que ele esteja ao meu lado, segurando minha mão na sala de parto, enquanto damos as boas-vindas ao nosso primeiro filho neste mundo. Por favor, libertem Mahmoud agora," afirmou ela em uma declaração emitida através da advogada Amy E. Greer.

Na defesa apresentada, os advogados do estudante pedem que a Justiça examine os fundamentos legais para a detenção do estudante, que eles argumentaram que foi ilegal.

Mahmoud Khalil, com papel na mão, falando com a mídia sobre o acampamento Revolt for Rafah na Universidade de Columbia em junho de 2024 — Foto: REUTERS/Jeenah Moon

De acordo com eles, os agentes do Departamento de Segurança Interna dos EUA que o prenderam inicialmente disseram que Mahmoud havia tido o visto de estudante revogado. Porém, quando sua esposa, que é americana e está grávida de oito meses, disse que ele era um residente permanente legal, os oficiais disseram que seu green card também havia sido revogado.

O green card permite que uma pessoa resida permanentemente nos Estados Unidos e lhe dá as proteções da Constituição dos EUA, incluindo a liberdade de expressão sob a Primeira Emenda.

A defesa de Khalil usa esse argumento para contestar a prisão e dizer que o discurso político exposto pelo estudante nas manifestações é protegido pela Constituição americana.

Os advogados também pediram à Justiça que ordene que Khalil seja devolvido a Nova York. Segundo eles, o palestino foi transferido para uma prisão federal para migrantes na Louisiana para dificultar o acesso deles a ele.

Uma nova audiência sobre o caso está agendada para esta quarta-feira (12).

Trump fala em mais prisões

Mahmoud Khalil, estudante de Columbia preso, na época dos protestos — Foto: REUTERS

Em um post nesta segunda-feira (10), o presidente americano, Donald Trump, confirmou a prisão de Khalil e afirmou que outros estudantes que estiveram envolvidos em manifestações pró-Palestina devem ser presos.

"Esta é a primeira prisão de muitas que virão. Sabemos que há mais estudantes na Columbia e em outras universidades pelo país que se envolveram em atividades pró-terroristas, antissemitas e antiamericanas, e a Administração Trump não tolerará isso. Muitos não são estudantes, são agitadores pagos. Encontraremos, apreenderemos e deportaremos esses simpatizantes terroristas do nosso país — para nunca mais retornarem", disse Trump em uma publicação no Truth Social.

Em uma entrevista à agência de notícias Reuters, horas antes de sua prisão no sábado, Mahmmoud revelou estar preocupado em estar sendo alvo do governo por falar com a mídia e comentou as críticas de Trump aos manifestantes estudantis.

Sua prisão foi condenada por grupos de direitos civis como um ataque às liberdades civis. Houve protestos no campus da Columbia, em Nova York nesta segunda-feira.

Manifestante pede que estudante seja solto após prisão na Universidade de Columbia — Foto: REUTERS/Shannon Stapleton

Mahmoud foi acusado de má conduta apenas algumas semanas antes de sua formatura.

“Tenho cerca de 13 alegações contra mim, a maioria delas são postagens de mídia social com as quais não tive nada a ver. Eles só querem mostrar ao Congresso e aos políticos de direita que estão fazendo alguma coisa, independentemente do que está em jogo para os estudantes. É principalmente um escritório para esfriar o discurso pró-Palestina", disse.

A universidade que, no ano passado, esteve no centro dos protestos universitários nos quais os manifestantes exigiam o fim do apoio dos EUA a Israel devido às mortes de civis e à crise humanitária causada pelo ataque israelense a Gaza, perdeu um total de US$ 400 milhões em financiamento - o equivalente a R$ 2,3 bilhões.

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