“Não queremos criança com arma, fazendo violência”, diz Lula

© Reuters. “Não queremos criança com arma, fazendo violência”, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 2ª feira (23.out.2023) não querer crianças com armas e fazendo violência. Ele participou por vídeo de uma entrega simultânea de 1.651 unidades do programa Minha Casa, Minha Vida na Bahia, em São Paulo, no Espírito Santo e em Alagoas.

“O que nós não queremos é criança com arma, o que nós não queremos é criança fazendo violência. Praticando e aprendendo violência, não, nós queremos criança estudando, criança na escola”, afirmou.

Participaram também os ministros Márcio França (Micro e Pequenas Empresas), Simone Tebet (Planejamento), Rui Costa (Casa Civil), Jader Filho (Cidades) e Renan Filho (Transportes).

O presidente fez referência ao ataque com arma de fogo que matou uma adolescente e deixou outros 3 alunos feridos em escola da Zona Leste de São Paulo. As vítimas ainda não foram identificadas pelo governo.

Entre os feridos estão 2 alunos que foram baleados e 1 outro que se machucou enquanto tentava fugir do ataque.

Aceno à classe média

O presidente elogiou as entregas, dizendo saber como é ruim ter que pagar aluguel. Depois disso, ele disse que todos têm direito a ter o seu “ninho” e acenou à classe média com o Minha Casa, Minha Vida, que já atende famílias com renda de até R$ 8.000.

“Nós precisamos atender essa gente. Porque essa gente é a chamada classe média, que paga imposto nesse país, essa gente que trabalha muito, que se dedica, que levanta cedo”, declarou.

Lula ainda criticou os conjuntos habitacionais que apareceram em vídeo institucional por não terem árvores. Ele sugeriu até que cada família escolha a planta que terá na casa, para ajudar também o meio ambiente.

“Eu não quero financiar casa só para as pessoas mais pobres, porque está cheio de trabalhador que ganha R$ 8.000, R$ 6.000, R$ 5.000, R$ 7.000, R$ 10.000 que também tem direito de ter uma casa, ele tem direito de ter financiamento”, disse.

O petista também voltou a defender a política de valorização do salário mínimo, dizendo que aumentar só a inflação é só recompor o que o trabalhador perdeu com a desvalorização.

“Eu acho que a meninada tem que aprender uma profissão. Por conta de uma profissão, eu fui o 1º de 8 filhos da minha mãe a ter uma casa própria, a ter um carro, uma televisão. Porque a gente foge do salário mínimo. Por isso precisamos aumentar o salário mínimo todo ano. É por isso que a gente não pode dando apenas a inflação, a inflação não é aumento, é apenas reposição daquilo que comeu do nosso salário”.

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