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No Egito, Brasil aposta em acordo para repatriar brasileiros em Gaza

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Publicado 21.10.2023 05:45 Atualizado 21.10.2023 06:41

No Egito, Brasil aposta em acordo para repatriar brasileiros em Gaza © Reuters. No Egito, Brasil aposta em acordo para repatriar brasileiros em Gaza

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participa neste sábado (21.out.2023) de uma cúpula em Cairo, capital do Egito, que discutirá o estado da guerra entre Israel e o grupo Hamas. O encontro começou por volta de 5h30 (horário de Brasília).

O governo brasileiro quer usar o momento para reiterar o pedido pela formação um corredor humanitário em Gaza e negociar a retirada de brasileiros sitiados na região. A passagem de Rafah, na fronteira sul de Gaza, é a única rota de saída da região no momento, mas está danificada por bombardeios que arriscam a segurança da operação.

Além do Brasil, foram convidados representantes da ONU (Organização das Nações Unidas), da União Europeia, da comunidade árabe, de países do Golfo, o Canadá e a África do Sul. Já Israel, Estados Unidos e Irã, 3 dos principais atores no teatro da guerra, não estarão presentes.

Em uma semana, Vieira já conversou duas vezes com o chanceler do Egito e outras duas com o de Israel. A esperança é que a conversa “olho no olho” traga resultados mais concretos para as demandas brasileiras.

Por enquanto, o único avanço concreto para mitigar os efeitos da guerra partiu do presidente dos EUA, Joe Biden. O democrata convenceu os israelenses a permitirem a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Os suprimentos devem começar a chegar nos próximos dias.

Para o Itamaraty, segundo apurou o Poder360, não há esperança de se conseguir um cessar-fogo enquanto houver indícios da continuidade de operações militares de Israel. Lula, entretanto, segue criticando os 2 lados da guerra: afirmou que o Hamas foi “terrorista”, mas que a resposta israelense foi “insana”.

Na presidência do Conselho de Segurança da ONU durante o mês de outubro, o Brasil falhou em conseguir aprovar uma proposta de sua autoria para facilitar a retirada de civis em Gaza e dar garantias de assistência humanitária enquanto a perspectiva de um cessar-fogo parece distante. A resolução brasileira (íntegra – PDF – 208 kB) foi vetada pelos EUA, que justificaram a negativa pela falta de menções ao direito à autodefesa de Israel.

O número de mortos na guerra, que já dura 15 dias, superou 5 mil pessoas ainda na 5ª feira (19.out.2023). A maioria das vítimas são palestinas, com 3.785 mortos, segundo a última atualização do Ministério da Saúde da Palestina. Entre os israelenses, 1.403 perderam suas vidas, conforme a Al Jazeera. Os feridos somam 16.293: 12.493 palestinos e pelo menos 3.800 israelenses.

Leia a lista de prováveis participantes da Cúpula de Paz de Cairo, segundo a Reuters:

  • Abdel Fattah al-Sisi, presidente do Egito;
  • Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina;
  • Abdullah, rei da Jordânia;
  • Hamad bin Isa Al Khalifa, rei do Bahrein;
  • Xeique Tamim bin Hamad al-Thani, emir do Catar;
  • Mishal al-Ahmad al-Sabah, príncipe herdeiro do Kuwait;
  • Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália;
  • Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha;
  • Kyriakos Mitsotakis, primeiro-ministro da Grécia;
  • Nikos Christodoulides, presidente do Chipre;
  • Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul;
  • Annalena Baerbock, ministra das Relações Exteriores da Alemanha;
  • Catherine Colonna, ministra das Relações Exteriores da França;
  • Yoko Kamikawa, ministra das Relações Exteriores do Japão;
  • James Cleverly, secretário dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido;
  • Espen Barth Eide, ministro das Relações Exteriores da Noruega;
  • Mikhail Bogdanov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia;
  • Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil;
  • Zhai Jun, enviado da China para o Oriente Médio;
  • António Guterres, secretário-geral da ONU;
  • Charles Michel, Presidente do Conselho Europeu;
  • Josep Borrell, Chefe de política externa da União Europeia.

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