A divulgação de uma nova etapa “turbinada” do Energia Forte no Campo animou as dezenas de pessoas que acompanharam o anúncio da quinta fase do programa feito nesta quarta-feira (3), na Casa do Sistema Ocergs, na Expointer. O próximo passo da iniciativa, que é uma colaboração entre governo do Estado e cooperativas de eletrificação, envolverá um investimento total de R$ 369,5 milhões para o aprimoramento do fornecimento de energia no meio rural.
A divulgação de uma nova etapa “turbinada” do Energia Forte no Campo animou as dezenas de pessoas que acompanharam o anúncio da quinta fase do programa feito nesta quarta-feira (3), na Casa do Sistema Ocergs, na Expointer. O próximo passo da iniciativa, que é uma colaboração entre governo do Estado e cooperativas de eletrificação, envolverá um investimento total de R$ 369,5 milhões para o aprimoramento do fornecimento de energia no meio rural.
Assim como será um recorde no volume de recursos, a contrapartida do governo também será elevada do atual patamar de 20% para 35% do valor do projeto. O restante do investimento fica a cargo de uma parceria entre cooperativas, associados e prefeituras. Outra mudança será a possibilidade de usar os recursos para a construção de subestações de energia, além da substituição de redes elétricas monofásicas por trifásicas. No caso de obras de subestações, o teto da contrapartida do governo estadual, por cooperativa, será de R$ 5 milhões.
O governador Eduardo Leite salienta que ainda não é possível mensurar a extensão de redes trifásicas que será implementada com a nova etapa do programa, pois dependerá dos projetos que serão apresentados para contar com o apoio da ação. “Mas eu não tenho dúvida que ele vai nos ajudar a levar, de maneira muito robusta, energia forte e confiável para que os produtores rurais possam instalar novos equipamentos e com isso aumentar sua produtividade”, diz o governador.
O programa foi criado em 2020, com o objetivo de qualificar as redes elétricas na zona rural. Entre aquele ano e 2025, a iniciativa teve quatro fases, contemplando 345 projetos, qualificando 973 quilômetros em linhas de energia e beneficiando 12,4 mil unidades consumidoras distribuídas por 123 municípios. Os repasses do governo gaúcho nesse período foram na ordem de R$ 19,9 milhões, do total de um aporte de R$ 102,1 milhões em projetos de eletrificação.
O presidente da Certel e da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Fecoergs), Erineo José Hennemann, considera um marco a quinta fase do Energia Forte no Campo. O programa, de acordo com ele, é uma ferramenta que dará mais condições para que o cooperativado possa desenvolver sua atividade com mais produtividade. "Não se pode pensar em um aviário hoje com uma rede monofásica e muito menos na área de irrigação", exemplifica o dirigente.
Ele recorda que hoje o sistema cooperativo de infraestrutura no Rio Grande do Sul é formado por 25 associações, sendo 10 voltadas para a geração de energia e outras 15 do segmento de distribuição. Essas instituições, aponta Hennemann, atuam em 369 municípios gaúchos.
"Quando Estado e cooperativas se juntam, isso reflete em desenvolvimento, em crescimento e rentabilidade", argumenta o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann. Ele acrescenta que as cooperativas gaúchas são avaliadas dentro do setor de energia entre as melhores do Brasil, conforme análise da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Hartmann reitera que o Energia Forte no Campo possibilita investimentos que as cooperativas teriam dificuldade para fazer sozinhas. Junto com a ação, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) também disponibilizará uma linha de crédito direto aos beneficiados pelo programa. Por sua vez, a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann, explica que a meta do governo estadual era tornar o programa mais audacioso e atrativo para as cooperativas. “Até porque é uma iniciativa que funciona”, conclui a secretária.
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