Novas sobretaxas ampliam incertezas sobre o setor de móveis. Cândida Cervieri, diretora-executiva da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), diz ainda aguardar a divulgação de uma ordem executiva para saber se o anúncio vai representar uma tarifa extra aos móveis nacionais, já sobretaxados em 50% desde agosto. "Não há uma confirmação completa ou documentos legais públicos detalhados até o momento."
Embora os detalhes ainda sejam escassos, é provável que os novos encargos para móveis estejam relacionados à seção 232 [que define tarifas a produtos que possam ameaçar a segurança nacional dos EUA], porque a publicação do presidente se refere justamente à segurança nacional.
Cândida Cervieri, diretora-executiva da Abimóvel
Possibilidade de que a cobrança seja universal alivia o setor. Cervieri avalia que a possibilidade colocará o Brasil "em condição de igualdade" para manter a presença no mercado norte-americano. "Se a cobrança for para todos os países, ficaremos em pé de igualdade e melhor competitividade. Isso nos deixa até em uma situação mais confortável, porque nivela a condição de todas as nações", afirma a executiva.
EUA são os principais compradores dos móveis brasileiros. Dados da Abimóvel apontam que 29,7% dos US$ 763 milhões exportados pelo setor foram destinados aos norte-americanos. O total representa um crescimento de 3,8% na comparação com o volume total exportado em 2023. Cervieri ressalta que os EUA são um importante parceiro comercial, mas dependem pouco do Brasil.
A importação de móveis do Brasil representa 0,7% da balança comercial dos Estados Unidos. Não é o setor de móveis do Brasil que ameaça a defesa nacional deles.
Cândida Cervieri, diretora-executiva da Abimóvel
Cenário abre caminho prejudicial para o consumidor norte-americano. Marcelo Anache, professor de economia do Centro Universitário IBMR, avalia que as definições de Trump vão elevar os preços dos produtos sobretaxados. "A política tarifária pode alimentar pressões inflacionárias em um momento em que o Federal Reserve [Banco Central dos EUA] ainda monitora de perto a estabilidade de preços", diz ele, que classifica a postura como uma tentativa de reforçar a defesa da indústria e do mercado de trabalho.

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1 mês atrás
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