
Crédito, Divulgação/Vitrine Filmes
Há 27 minutos
Após levar o carnaval do Recife para o tapete vermelho, com uma apresentação de frevo com o grupo Guerreiros do Passo e a Orquestra Popular do Recife, o diretor foi ovacionado pela crítica e pelo público no fim da exibição de seu filme.
Foram mais de dez minutos de aplausos ininterruptos após a sessão, que chamou a atenção dos críticos.
"O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho e o astro Wagner Moura durante a ovação de pé por O AGENTE SECRETO, a mais longa e entusiasmada que já vi até agora — 15 minutos (com discursos) e toneladas de franceses gritando 'Bravo!' da sacada", escreveu a repórter de cultura do Washington Post, em sua conta no X, junto a um vídeo dos aplausos.
O filme, ambientado em 1977, durante a ditadura militar brasileira, é o terceiro longa de Kleber Mendonça a disputar a Palma de Ouro, principal premiação de Cannes. Antes de O Agente Secreto, Bacurau (2019) e Aquarius (2016) foram indicados ao prêmio, sendo que Bacurau levou a premiação do júri.
Wagner Moura, que interpreta o papel do protagonista Marcelo, está cotado para o prêmio de Melhor Ator do festival.
"Wagner Moura traz a frieza natural de um astro de cinema ao papel de Marcelo, um especialista em tecnologia que retorna à sua cidade natal, Recife, onde a corrupção governamental é constante e assassinos de aluguel o perseguem. Com texturas vívidas e toques absurdos (a perna peluda de um cadáver serve como uma metáfora colorida para a ditadura), "O Agente Secreto" busca, e às vezes encontra, sua própria lógica de resistência política", publicou o Washington Post, em uma reportagem sobre o festival de Cannes.
"Mendonça demonstra uma capacidade notável não apenas de recriar, mas de nos transportar de volta àquela época, com seu calor opressivo e paranoia", publicou a Variety, em sua crítica ao filme.
A ambientação política do longa levou a comparações com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, pela crítica estrangeira,
"Assim como o recente vencedor do Oscar de Walter Salles, Ainda Estou Aqui, o drama se passa no contexto da ditadura militar no Brasil, que durou de 1964 a 1985. No entanto, [Kleber Mendonça] Filho, que vem de Recife, diz que seu filme tem uma abordagem diferente daquele período", escreveu o Deadline.

Crédito, Divulgação/Vitrine Filmes
O site Playlist, que classificou o filme com a nota máxima, chamou o longa de "obra-prima imponente, imersa em história e com uma adoração palpável pelo cinema".
"O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, se destaca como o trabalho mais ambicioso e monumental do diretor em uma carreira sem tropeços até o momento", publicou.
"Focado, mas extenso, o primeiro filme verdadeiramente de época do diretor está absolutamente repleto da música, da cor e do estilo do "Milagre Brasileiro", que marcou o auge da ditadura militar no país. No entanto, todos esses significantes — juntamente com as evidências mais diretas da própria ditadura militar — são sublimados no senso de malícia que permeia o filme", publicou o site de críticas de cinema IndieWire.
"Com O Agente Secreto, Mendonça exuma o passado como base para uma história puramente ficcional e, ao fazê-lo, articula como a ficção pode ser ainda mais valiosa como veículo para a verdade do que como ferramenta para encobri-la", escreveu o crítico do IndieWire, David Ehrlich.
Além de Wagner Moura, a atriz Maria Fernanda Cândido e Gabriel Leone também fazem parte do elenco. O filme, cujo roteiro também foi escrito por Kleber Mendonça, ainda não tem data de estreia no Brasil.

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5 meses atrás
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